O governo israelense aprovou na madrugada deste sábado (18, data local) o plano de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que prevê a libertação dos reféns sequestrados pelo Hamas em troca de prisioneiros palestinos, segundo um breve comunicado do Executivo. “O governo aprovou o plano de libertação de reféns”, afirma o texto publicado pelo gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. “O plano de libertação de reféns entrará em vigor no domingo, 19 de janeiro de 2025”, acrescenta.
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Apesar do anúncio na quarta-feira de um acordo de cessar-fogo por parte de Catar e Estados Unidos, o Exército israelense continuou bombardeando o território palestino, deixando mais de 100 mortos, segundo equipes de resgate. O acordo, que deve colocar fim aos 15 meses de guerra, prevê em uma primeira fase de seis semanas a libertação de 33 reféns em Gaza, em troca de centenas de prisioneiros palestinos detidos em Israel.
O fim definitivo da guerra será negociado durante esta primeira etapa. As primeiras libertações ocorrerão no domingo, segundo o governo israelense. As famílias dos reféns também foram informadas e estavam realizando os preparativos para recebê-los, de acordo com a mesma fonte. Segundo fontes próximas ao grupo terrorista Hamas, o primeiro grupo é composto por três mulheres israelenses. Em troca, Israel aceitou “libertar alguns prisioneiros importantes”, indicou uma das fontes.
Em Israel, a população está em suspense quanto ao destino do mais jovem dos reféns, Kfir Bibas, um bebê israelense de origem argentina sequestrado em um kibutz. Kfir, levado junto com seu irmão de quatro anos, completaria dois anos no sábado e, embora o Hamas tenha afirmado que ele morreu em um bombardeio israelense, alguns ainda mantêm a esperança.
“Penso neles (…) e sinto calafrios”, afirmou Osnat Nyska, uma mulher de 70 anos cujos netos frequentaram a mesma creche que os irmãos Bibas. O Ministério da Justiça israelense publicou nesta sexta-feira uma lista com os 95 prisioneiros palestinos que serão trocados pelos reféns.
A lista inclui 70 mulheres, uma delas menor de idade, e 25 homens, entre os quais 9 são menores de 18 anos. O mais jovem tem 16 anos. As autoridades israelenses tomaram medidas para “prevenir qualquer manifestação pública de alegria” durante a libertação dos prisioneiros palestinos, caso o acordo seja concretizado.
em atualização
*Com informações da AFP
Publicado por Carolina Ferreira
Fonte: Jovem Pan