Na manhã deste domingo (19), o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, renunciou o cargo. Ben-Gvir, que fazia parte do partido extremista Otzma Yehudit, decidiu deixar o cargo após a implementação de um cessar-fogo na região, algo que ele havia ameaçado fazer caso o acordo fosse aprovado. O partido, que integrava a coalizão liderada por Benjamin Netanyahu, detinha cinco assentos no Parlamento e controlava três ministérios, incluindo o da Segurança Nacional, que Ben-Gvir ocupava desde 2022. Em uma carta divulgada nas redes sociais, Ben-Gvir expressou sua insatisfação com a decisão de Netanyahu, afirmando que acreditava na continuidade da guerra até a eliminação completa do Hamas.
A saída de Ben-Gvir não foi um caso isolado. Outros dois ministros também decidiram deixar seus cargos: o ministro do Desenvolvimento Negev e Galileia e o ministro do Patrimônio. Diante dessas renúncias, Netanyahu se vê na necessidade de realizar uma reforma ministerial. O Ministério do Patrimônio, considerado de menor importância, pode ser incorporado a outra pasta. Avi Dichter, atual ministro da Agricultura, é o favorito para assumir o Ministério da Segurança Nacional, um cargo crucial em meio às críticas crescentes sobre a segurança de Israel.
A renúncia de Ben-Gvir ocorre em um momento de intensas críticas à segurança do país, especialmente após a invasão do Hamas em 7 de outubro de 2023. O ataque resultou na morte de mais de 1.200 pessoas e no sequestro de 250, evidenciando uma falha grave na segurança nacional. A sociedade israelense está perplexa e questiona como o Hamas conseguiu realizar um ataque tão devastador, considerando a vigilância rigorosa de Israel sobre a Faixa de Gaza. Ben-Gvir, que estava no cargo desde 2022, deverá prestar esclarecimentos sobre os eventos de outubro, que deixaram a população em estado de alerta.
*Com informações de Fabrizio Neitzke
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Fonte: Jovem Pan