Neste sábado (8), Israel libertou 183 prisioneiros palestinos como parte do acordo de cessar-fogo para a Faixa de Gaza. Por outro lado, pela manhã, o Hamas soltou três reféns israelenses. Os palestinos foram recebidos em Jerusalém Oriental, Cisjordânia e Gaza.
De acordo com o Hamas, dos prisioneiros palestinos, 18 cumpriam penas de prisão perpétua, enquanto 54 tinham penas menores e 111 foram detidos em Gaza depois de 7 de outubro. No momento, Israel não explicou as acusações contra os outros 111 cidadãos.
Sete deles tiveram que ser internados no hospital, incluindo Jamal al-Tawil, um líder político do Hamas na Cisjordânia. O grupo extremista palestino fez críticas à “política de assassinato lento” aplicada, em sua opinião, nas prisões israelenses. O Clube dos Prisioneiros Palestinos disse que todos os prisioneiros libertados precisam de algum tipo de assistência médica devido à “brutalidade” que sofreram na prisão.
A libertação dos prisioneiros que retornaram a Gaza foi marcada pela incerteza sobre o destino de suas famílias, que sofreram com a dura ofensiva lançada por Israel após o ataque de 7 de outubro. “Como está minha família?”, um deles perguntou à multidão da janela do ônibus que o levava para Khan Yunis. “Eles ainda estão vivos?”, questionou, angustiado.
A troca deste sábado estava incerta até sexta-feira, após declarações surpreendentes do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que, ao receber Netanyahu na Casa Branca na terça-feira, propôs que os Estados Unidos assumissem o controle de Gaza e que sua população fosse deslocada para países vizinhos.
Uma ideia categoricamente rejeitada pelo Hamas e condenada pela comunidade internacional. O membro do comitê político do Hamas, Basem Naim, criticou o “atraso e a falta de comprometimento” de Israel na implementação da primeira fase da trégua, o que, segundo ele, colocou o acordo “em perigo”, disse em entrevista à AFP.
No entanto, afirmou que o grupo extremista palestino continua pronto para retomar as negociações sobre a implementação da segunda fase do acordo, que deveriam começar na segunda-feira, e disse que o Hamas não deseja “retomar a guerra”. A primeira fase do acordo de seis semanas prevê a entrega de um total de 33 reféns a Israel, incluindo pelo menos oito mortos, em troca de 1.900 palestinos. Desde 19 de janeiro, 21 reféns e 765 prisioneiros palestinos foram libertados, assim como um egípcio.
*Com informações da AFP
Publicado por Victor Oliveira
Fonte: Jovem Pan