As exportações de ovos do Brasil para os Estados Unidos registraram um aumento significativo em fevereiro deste ano, com um crescimento de 93,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Este aumento é impulsionado pela alta demanda externa, especialmente dos Estados Unidos, que enfrentam uma crise de abastecimento devido à gripe aviária. Desde o início de 2022, quase 170 milhões de aves foram sacrificadas no país norte-americano por causa da doença, que é altamente contagiosa e afeta tanto aves domésticas quanto silvestres. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), 70 casos da doença foram registrados em humanos nos Estados Unidos este ano, resultando em uma morte.
A escassez de ovos nos Estados Unidos fez com que o preço do produto disparasse, atingindo o valor médio de US$ 5,89 por dúzia em fevereiro, o mais alto para o mês desde 1980. Esta situação afeta diretamente as famílias e a indústria de alimentos processados, especialmente com a proximidade da Páscoa. Para enfrentar a crise, os Estados Unidos passaram a importar ovos de diversos países, com o Brasil aumentando em 93% o volume enviado ao mercado americano em fevereiro, em comparação com o mesmo mês do ano passado. No mês passado, o Brasil exportou 503 toneladas de ovos para os Estados Unidos, mais que o dobro do volume registrado em janeiro.
Além do Brasil, os Estados Unidos importam ovos de países como Canadá, Holanda, China, Reino Unido e Turquia, e recentemente começaram a negociar com a Coreia do Sul, Indonésia, Itália e Polônia. O objetivo é aliviar a crise de abastecimento e conter a alta dos preços. Em resposta à emergência, o governo dos Estados Unidos anunciou um pacote de US$ 1 bilhão para medidas de biossegurança, ajuda financeira a produtores, pesquisas para vacinas e revisão de regras regulatórias. Com a chegada dos feriados e a alta demanda por ovos na indústria alimentícia, os Estados Unidos contam com a colaboração de países parceiros, como o Brasil, para garantir que o produto não falte nas prateleiras e na mesa dos consumidores.
Fonte: Jovem Pan