A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) revelou, nesta segunda-feira (15), que a mãe da bebê Ana Beatriz Silva de Oliveira, que está desaparecida desde a última sexta-feira (11), na cidade de Novo Lino, apresentou cinco versões diferentes sobre o sequestro ao longo das investigações.
Segundo a polícia, em uma dessas narrativas, ela afirmou ter sido vítima de estupro cometido por dois homens encapuzados – que teriam invadido sua casa e levado a criança. A informação foi confirmada pelos delegados Igor Diego e João Marcelo, que coordenaram buscas no município.
Porém, de acordo com os investigadores, a versão envolvendo abuso sexual foi desmentida por imagens de câmeras de segurança e pelo depoimento de vizinhos. “As câmeras não mostram nada nesse sentido, os vizinhos não encontraram nada”, afirmou o delegado João Marcelo.
A Polícia Civil aponta uma série de inconsistências em todos os relatos prestados pela mãe da recém-nascida.
O delegado Igor Diego, diretor da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), relatou que a situação é extremamente delicada.
De acordo com Igor Diego, durante esses dias as Polícia Militar e Civil buscou verificar cada uma das versões. “Quando mostrávamos que não batiam com os fatos, ela inventava uma nova versão. E não tínhamos como descartar nenhuma até então”, explicou ele.
Atualmente, a mulher sustenta a narrativa de que dois homens encapuzados teriam invadido sua casa e fugido com a bebê.
Enquanto isso, as buscas pela recém-nascida continuam, com apoio de cães farejadores e da perícia, em uma operação que mobiliza equipes da Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.
Segurança reforçada
A mãe da bebê de 15 dias, Ana Beatriz, passou mal enquanto as polícias faziam diligências dentro do imóvel onde ela mora, em Novo Lino. Eduarda Silva precisou ser levada de ambulância para uma unidade de saúde, no início da noite desta segunda-feira (14).
Enquanto saía do imóvel para entrar na ambulância, a mulher precisou ser escoltada pela polícia. Militares fizeram um cordão de proteção em frente à residência para evitar possíveis invasões.
Advogado
O advogado José Weliton, que representa Eduarda Silva de Oliveira, também deu declarações à imprensa na tarde desta segunda-feira. A defesa de Eduarda disse que ela está colaborando com as autoridades, mas reforçou que a mãe também está em período pós-parto e pode a qualquer momento ter indício de depressão.