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Sábado, 3 Maio, 2025

Carlos Lupi pede demissão e deixa Ministério da Previdência em meio a escândalo no INSS

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), pediu demissão nesta sexta-feira (2) após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto.

A saída ocorre em meio à crise provocada pelo esquema de descontos ilegais em aposentadorias e pensões do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Com a imagem desgastada, Lupi foi aconselhado por deputados do PDT a deixar o cargo, que continuará nas mãos do partido.

O ex-deputado federal Wolney Queiroz, secretário-executivo do ministério (número 2 de Lupi), foi convidado a assumir a pasta.

Entrego, na tarde desta sexta-feira (2), a função de ministro da Previdência Social ao presidente Lula, a quem agradeço pela confiança e pela oportunidade. Tomo esta decisão com a certeza de que meu nome não foi citado em nenhum momento nas investigações em curso, que apuram possíveis irregularidades no INSS. Faço questão de destacar que todas as apurações foram apoiadas, desde o início, por todas as áreas da Previdência, por mim e pelos órgãos de controle do governo Lula. Espero que as investigações sigam seu curso natural, identifiquem os responsáveis e punam, com rigor, aqueles que usaram suas funções para prejudicar o povo trabalhador”, disse Lupi, em nota.

Embora não haja provas da participação direta de Lupi no esquema, cresceu dentro do governo a avaliação de que ele falhou ao não adotar medidas eficazes para conter o problema e reagiu de forma insuficiente após a divulgação do caso. Auxiliares do presidente classificavam a permanência de Lupi como insustentável e davam como certa sua saída ainda nesta semana.

A escolha do novo presidente do INSS, o procurador Gilberto Waller Júnior, sem participação de Lupi na decisão, já indicava o enfraquecimento do ministro. O desconforto se intensificou nas últimas semanas, e a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, atuou na articulação para a saída, considerada inevitável.

O esquema de descontos ilegais ganhou força a partir de 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), mas se expandiu expressivamente a partir de 2023, já no terceiro mandato de Lula. A Controladoria-Geral da União (CGU) apontou que o INSS ignorou ao menos seis alertas enviados entre maio e julho de 2024 sobre as irregularidades, o que contribuiu para aumentar a pressão sobre o governo.

Apesar de o INSS negar ter desconsiderado os avisos e afirmar que respondeu aos órgãos de controle, o Palácio do Planalto decidiu acelerar as mudanças para tentar conter a crise. Lupi presidia o PDT e ocupava o cargo de ministro da Previdência desde o início do atual governo.

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