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Quinta-feira, 8 Maio, 2025

Última missa antes de conclave tem apelos por unidade da Igreja

Os cardeais da Igreja Católica iniciaram nesta quarta-feira (7), no Vaticano, o conclave que elegerá o sucessor do papa Francisco, falecido em 21 de abril. A primeira votação será realizada durante a tarde, na Capela Sistina, em um processo cercado de sigilo e tradição. O rito começou com a missa “Pro Eligendo Pontifice”, celebrada pelo decano do Colégio Cardinalício, Giovanni Battista Re, de 91 anos, na Basílica de São Pedro. Durante a homilia, Re reforçou o pedido de unidade da Igreja em um “momento difícil e complexo da história”. “Estamos aqui para invocar a ajuda do Espírito Santo, para que seja eleito o papa que a Igreja e a humanidade precisam”, afirmou.

Após a missa, os 133 cardeais eleitores — com menos de 80 anos — seguiram para a Capela Paulina e, em seguida, para a Capela Sistina, onde prestaram juramento de sigilo. Com o comando “extra omnes” (“todos fora”), os que não participam da eleição deixaram o local e as portas foram trancadas, marcando o início oficial da votação. Os cardeais votarão sob o célebre afresco do Juízo Final, de Michelangelo. Cada um escreve o nome do candidato em um papel, que é depositado em uma urna de prata. As cédulas são queimadas ao final da apuração: fumaça preta indica que nenhum candidato alcançou os dois terços dos votos necessários — ao menos 89 votos —; a fumaça branca anuncia a eleição do novo pontífice.

No primeiro dia, está prevista apenas uma votação, sem expectativa de definição. Caso ninguém seja eleito, o processo continuará a partir de quinta-feira (8), com duas votações pela manhã e duas à tarde, até que seja alcançado o consenso. Entre os possíveis sucessores de Francisco estão o italiano Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano por 12 anos, além de nomes como o também italiano Pierbattista Pizzaballa, o húngaro Peter Erdo, o cingalês Malcolm Ranjith e o espanhol Ángel Fernández Artime.
O conclave ocorre em meio a desafios internos da Igreja, como a crise de abusos sexuais, as finanças do Vaticano e o equilíbrio entre alas progressistas e conservadoras. Francisco foi responsável por criar 80% dos cardeais eleitores, tornando este o conclave mais internacional da história, com representantes de 70 países.

O processo eleitoral segue regras rígidas: os cardeais estão isolados, sem acesso à internet, telefones ou imprensa, e permanecem hospedados na Casa Santa Marta até a escolha do novo líder da Igreja Católica, que hoje reúne cerca de 1,4 bilhão de fiéis no mundo.

*Reportagem produzida com auxílio de IA

Fonte: Jovem Pan

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