A quinta rodada de negociações entre Irã e Estados Unidos sobre o programa nuclear de Teerã será realizada na sexta-feira (23) em Roma, na Itália, anunciou nesta quarta-feira (21) Omã, mediador entre as partes. “A quinta rodada de conversas entre Irã e Estados Unidos ocorrerá em Roma nesta sexta-feira, 23 de maio”, indicou o chanceler de Omã, Badr al Busaidi, na rede social X.
A chancelaria iraniana confirmou que Teerã tinha aceitado “uma proposta apresentada por Omã […] para realizar outra rodada de conversas” na capital italiana na sexta-feira.
Estados Unidos e Irã iniciaram em 12 de abril, com a mediação de Omã, importantes negociações indiretas sobre a delicada questão do programa nuclear iraniano. O objetivo é concluir um novo acordo para impedir que a República Islâmica obtenha armas nucleares, em troca do levantamento das sanções que paralisam a economia iraniana.
O último acordo, de 2015, tornou-se obsoleto em 2018, quando os Estados Unidos, durante a primeira presidência de Trump, se retiraram unilateralmente do acordo. Washington reimpôs sanções ao Irã que, por sua vez, deixou de cumprir seus compromissos em relação ao desenvolvimento nuclear.
Atualmente, Teerã enriquece urânio a 60%, muito acima do limite de 3,67% estabelecido em 2015. Para construir uma arma nuclear, é necessário alcançar 90%. O Irã, por outro lado, nega que suas atividades nucleares tenham fins militares.
O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, expressou na terça-feira seu ceticismo quanto ao resultado das negociações. “Não acreditamos que vão dar algum resultado. Não sabemos o que vai acontecer”, declarou Khamenei durante um discurso, acrescentando que negar ao Irã seu direito de enriquecer urânio é “um grande erro”.
O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Marco Rubio, disse esperar poder “chegar a um acordo com o Irã”, durante uma audiência no Senado em Washington.
Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!
O Irã, que defende seu direito à energia nuclear para fins civis, reiterou que manter sua capacidade de enriquecimento de urânio é “inegociável”, enquanto o principal negociador americano, Steve Witkoff, classificou isso como uma “linha vermelha”.
Leia também
Governo Trump aceita Boeing 747 do Catar para ser novo Air Force One
Trump constrange presidente sul-africano com acusações de ‘genocídio branco’
*Com informações da AFP
Publicado por Nátaly Tenório
Fonte: Jovem Pan