Em julgamento realizado nesta sexta-feira (6), o Tribunal do Júri condenou Albino dos Santos Lima a 24 anos e seis meses de reclusão, em regime inicialmente fechado. Hoje ele foi julgado no Fórum do Barro Duro, em Maceió, pela morte mulher trans Louise Gbyson Vieira de Melo, crime ocorrido em novembro de 2023, no bairro Vergel do Lago- na capital alagoana.
O réu agora volta ao sistema penitenciário, onde já cumpre pena pela morte de Emerson Wagner da Silva e pela tentativa de assassinato contra outra jovem. Conhecido como serial killer de Alagoas, ele teria confessado 18 homicídios na capital alagoana.
Argumentação
‘Arcanjo Miguel’ – Durante o júri de mais um dos crimes atribuídos ao serial killer de Maceió, a defesa pediu a condenação, de ‘forma filosófica’, do arcanjo Miguel.
O réu disse durante o interrogatório que havia sido possuído pelo ‘fogo do arcanjo Miguel’ e que o seu corpo foi apenas um instrumento para a prática do feminicídio. Segundo as palavras de Albino, teria sido o arcanjo o autor intelectual do crime.
Albino falou ainda que o arcanjo falou que ele tinha sido o escolhido pela divindade para matar Louise. Contou também que, durante todo o tempo, foi guiado e teve a ordem recebida pelo arcanjo, que alegara que o teria selecionado para tal assassinato em razão da sua ‘habilidade para matar’.
Diante das falas, o advogado de defesa, Geoberto Bernardo de Lima, pediu aos jurados a condenação, de ‘forma filosófica’, do arcanjo Miguel e não de Albino.
A fala da defesa levou o promotor de Justiça Antônio Vilas Boas a pedir a palavra, dizendo que o tribunal do júri não é lugar para “praticar filosofia”.