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Domingo, 6 Julho, 2025

Visto estudantil para EUA: saiba quais publicações evitar para não ser rejeitado

A política anti-imigração de Donald Trump tem sido um dos principais temas do seu segundo mandato. O assunto, que até então ficava centralizado nos imigrantes de forma ilegal nos Estados Unidos, agora tem atingido um novo patamar, afetando os estudantes que já estão no país e outros que tentam tirar o visto para poderem estudar nas universidades norte-americanas, mas acabam tendo o documento recusado ou não conseguindo agendamento.
Recentemente, mais precisamente no final de junho, a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil emitiu um comunicado informando que interessados em obter visto para os Estados Unidos vão ter as redes sociais monitoradas. “Para visibilizar essa verificação, todos os solicitantes de visto de estudante deverão ajustar as configurações de privacidades de seus perfis de mídias sociais para o modo ‘público’’, diz a nota, acrescentando que a medida é para ter certeza se o estudante representa um risco ou não para a segurança dos Estados Unidos. 
Quais são os tipos de vistos de estudante? 
Brasileiros que tem interesse em estudar nos Estados Unidos, precisam de um visto para entrarem no país. Para cada tipo de modalidade de estudo, existe um documento em específico, sendo eles: 

Visto tipo F: solicitados por quem pretende estudas em uma universidade ou escola.
Visto tipo M: destinado para estudantes de instituições vocacionais e não acadêmicas.
Visto tipo J: para estudantes de intercâmbio.

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Em conversa com à Jovem Pan, o Dr. André Linhares, advogado de imigração, deu algumas dicas sobre o que evitar para não ter o visto negado. “Hoje em dia o mundo está muito voltado as redes sociais, por isso estamos auxiliando os nossos clientes nas redes sociais e pedindo para que eles se atentem ao tipo de publicação que estão fazendo, o que postar e o que não postar, principalmente os jovens que são mais eufóricos.”, fala o advogado. Linhares, que reforça que os estudantes internacionais estão sendo os mais prejudicados da tensão entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e as universidades, mais precisamente Harvard, reforça que, neste momento, publicações relacionadas a ideologia e opinião política e discurso de ódio contra o presidente, vão ser prejudiciais. 
“Esse tipo de posicionamento pode até não ser nada sério, mas traz uma repercussão negativa porque o governo pode entender que você é um estudante e não deve se pronunciar sobre questões políticas internas do país. Esse tipo de colocação no momento não está sendo muito aceita agora pelo governo”, fala. A impossibilidade de aceitação de visto e a política anti-imigração tem feito com que alguns estudantes procurem outros destinos para estudar, o que é classificado como a fuga dos cérebros. Em abril, uma pesquisa realizada pela revista Nature, apontou que 75% dos acadêmicos consideravam deixar os Estados Unidos devido ao governo Trump.
A tendência era ainda mais acentuada entre os estudantes de mestrado. Diversos países, incluindo França, Bélgica e Holanda, estão se mobilizando para atrair esses cientistas americanos, oferecendo programas de “asilo científico”. Além disso, a China também está se esforçando para captar esses “refugiados com PhD dos EUA”. A Sociedade Max Planck, na Alemanha, notou um aumento significativo no número de candidaturas de cientistas provenientes dos Estados Unidos.
Para o advogado, a situação ainda não representa uma fuga dos cérebros. “Isso pode acontecer, claro, mas, no momento, é alto que ainda não é uma preocupação do governo, e também acredito que não seja algo permanente, que dure para sempre”, fala. Ele também destaca que, neste momento, o maior problema de Trump é com Harvard, e que as outras universidades ainda permanecem com alunos estrangeiros. 
 

Apesar do momento delicado, o especialista em imigração fala que aqueles que tem sonho em ingressar em uma universidade norte-americana, não deve desistir do objetivo. “No momento, o melhor a fazer é continuar realmente se matriculando nas universidades americanas, sendo aceito pelas universidades americanas e aguardando aí até o momento que s coisas se normalizam para que essas pessoas também possam obter o visto e ingressar nessas universidades”, diz. 
Nesta semana, o governo Trump concluiu que a Universidade Harvard cometeu uma “violação violenta” da Lei dos Direitos Civis, intensificando ainda mais a batalha contra a instituição dias após o republicano sugerir que um acordo estava próximo para encerrar seus ataques à universidade. A secretária de Educação, Linda McMahon, afirmou que o governo acreditava que a universidade estava “progredindo”, pois havia tomado medidas para combater o antissemitismo no campus.

Fonte: Jovem Pan

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