18.7 C
Arapiraca
Quarta-feira, 10 Setembro, 2025

Flávio Dino acompanha relator Alexandre de Moraes, vota pela condenação e Bolsonaro fica a um voto de prisão

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, votou para a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e demais réus, porém ponderou que a culpa tem pesos distintos para cada acusado.

Ele iniciou o voto nesta terça-feira (9) com o aviso de que não há “nenhum tipo de recado” nos argumentos apresentados por ele e pelos demais membros da Primeira Turma. Porém, na sequência, o magistrado fez um resgate da jurisprudência da Corte sobre o tema da anistia que, na prática, demonstrou a disposição dos ministros em votações recentes de derrubar eventual perdão articulado pelo Congresso aos condenados por envolvimento em atos golpistas.

Dino citou os votos dos ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Cármem Lúcia e Luiz Fux em votações recentes que trataram de perdão a crimes contra o Estado democrático de direito, a exemplo do indulto concedido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a favor do ex-deputado federal Daniel Silveira. Todos foram contra anistiar investidas contra a ordem democrática.

O ministro fez questão de ler o voto de Fux na ocasião: “crime contra o estado de democrático de direito é um crime político e impassível de anistia, porquanto o estado democrático de direito é uma cláusula pétrea, que nem mesmo o Congresso pode suprimir”. Fux, que se senta ao lado de Dino, é visto por bolsonaristas como a única esperança de haver divergência ou proposta de redução de penas na Primeira Turma.

Há culpas diferentes entre os réus, diz Dino

Segundo o ministro, o ex-presidente Jair Bolsonaro e o general Walter Braga Netto tiveram um papel de maior relevância nos atos que culminaram na tentativa de golpe de Estado. Para Dino, a culpabilidade de ambos é considerada alta.

Outros nomes que, na visão do magistrado, também tiveram “culpabilidade alta” são o almirante Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça) e Mauro Cid (ex-ajudante de ordens da Presidência).

Em seu voto, Dino sinalizou que vai propor penas mais brandas para três dos acusados, por entender que a participação deles foi de menor importância. São eles:

Últimas

Últimas notícias
Últimas notícias

Torcida brasileira vira fator crucial para atletas em quarto dia de SP Open

Nesta terça-feira (9), na continuidade do WTA SP Open...

Imprensa internacional repercute voto de Moraes pela condenação de Bolsonaro

O voto do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)...

Bolívia vence Brasil com gol de pênalti e garante vaga na repescagem da Copa

A seleção brasileira foi derrotada nesta terça-feira(9) por 1...