Uma turista do estado do Mato Grosso e que estava de férias na cidade de Maragogi, no Litoral Norte de Alagoas, reconheceu um homem apontado como assassino do pai dela. O crime teria ocorrido em 2022, em Cuiabá.
O reconhecimento aconteceu na segunda-feira (8) e o homem foi levado à delegacia de Matriz de Camaragibe, mas foi liberado por não haver nenhum mandado de prisão contra ele.
O suspeito vendia obras artesanais pela praia. Quando a mulher o visualizou, teria começado a gritar, acusando-o de assassinato. Ele foi levado à delegacia após ser contido pela população.
Nas redes sociais, a mulher criou um perfil para divulgar o caso. Em uma das postagens, ela divulgou justamente o alvará de soltura do homem.
A MORTE DO PAI
O pai da turista era um idoso de 63 anos, identificado apenas como Edgar. Ele foi agredido dentro e fora de um ônibus em Cuiabá, Mato Grosso, por dois suspeitos, em 28 de fevereiro de 2022. A versão inicial aponta que a agressão se deu após o idoso solicitar o uso de máscara. Um dos agressores apresentou uma narrativa alternativa, alegando que o confronto foi motivado por comentários preconceituosos e xenófobos.
Os dois indivíduos teriam entrado no ônibus sem máscara, causando confusão e incomodando passageiros e o motorista. Foi nesse momento que Seu Edgar interveio, lembrando-os da legislação que exige o uso de máscara no transporte público.
A partir daí, os suspeitos teriam agredido o idoso, que foi hospitalizado, mas morreu. Um dos suspeitos, em entrevista à TV Cidade Verde, apresentou uma versão que diverge significativamente da inicial. Ele afirmou que ele e seu parceiro são artesãos e, por vezes, pedem “carona” em ônibus por não terem dinheiro para a passagem.
Sobre o uso da máscara, ele alegou que sempre a tem consigo, mas que, na ocasião, entraram sem ela. Segundo o suspeito, a briga não começou pela máscara, mas sim por uma atitude do idoso. Ele relatou que seu parceiro tentou abordar Seu Edgar para mostrar seu artesanato.
No entanto, o idoso teria “ignorado por completo”, “começado a rir” e, ao perceber o sotaque venezuelano do agressor, teria dito: “amigo, aqui é Brasil, e da Venezuela, onde você mora, volta para lá”. O suspeito categorizou a fala como “preconceito” e um “comentário desnecessário da parte de desrespeito”.
