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Quarta-feira, 5 Fevereiro, 2025

Palestino ataca e fere ao menos sete pessoas em Tel Aviv após Israel matar 10 na Cisjordânia

Um ataque com carro em Tel Aviv, em Israel, deixou ao menos sete feridos nesta terça-feira, 4. A polícia israelense recebeu denúncias de “um carro que atacou vários civis” no norte de Tel Aviv e indicou que então “neutralizou o agressor”. Segundo as autoridades locais, o ataque foi realizado por um palestino e o atropelamento foi intencional. Na sequência, o suspeito ainda esfaqueou outras pessoas. “Um suspeito que dirigia um veículo atropelou pedestres que estavam em um centro comercial da rua Pinchas Rosen (Tel Aviv), saiu do veículo e esfaqueou outras pessoas com um objeto pontiagudo”, disse um comunicado da polícia. Os médicos informaram que cinco feridos foram levados para hospitais, mas a polícia anunciou que o ataque deixou sete vítimas no total. De acordo com a polícia, “sete pessoas ficaram feridas no incidente: três delas em estado grave, duas em estado moderado e duas em estado leve, que foram levadas para os hospitais de Beilinson e Ichilov”.

“Chegamos ao local com ambulâncias de terapia intensiva. Vimos que era uma cena muito grave, e cinco feridos estavam caídos perto de um ponto de ônibus, uma mulher de 46 anos estava caída na calçada consciente e com lesões em vários sistemas, outros quatro feridos na faixa dos 30 anos sofreram ferimentos moderados e leves e foram levados para o hospital em uma ambulância de terapia intensiva”, disse o paramédico Alon Shonim, do serviço de emergência Magen David Adom (MDA, equivalente à Cruz Vermelha). Até agora, não foi revelado oficialmente a identidade do agressor, mas as autoridades israelenses costumam usar a palavra “terrorista” quando se trata de um palestino que comete um crime por motivos nacionalistas. A imprensa local o identificou como Hasin Jalila, de 23 anos, morador da cidade de Samu, no sul da Cisjordânia, que entrou em Israel com permissão para receber tratamento médico.

palestina

Um jovem palestino queima pneus durante um protesto na cerca da fronteira com Israel a leste da cidade de Gaza │Mahmud HAMS / AFP

O ataque coincide com a escalada do conflito entre israelenses e palestinos e no segundo dia da maior incursão militar na Cisjordânia em 20 anos – território é ocupado por Israel desde 1967. Israel também registra manifestações contra a reforma judicial que o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, quer realizar. O exército israelense disse ter “neutralizado” um poço subterrâneo usado para armazenar explosivos. “Os soldados localizaram e desmantelaram duas salas de operações pertencentes a organizações terroristas na área”, acrescentou em um comunicado nesta terça.  A operação israelense no campo de refugiados de Jenin desencadeou sérios confrontos com milícias locais que até agora deixaram dez palestinos mortos e mais de 100 feridos. O movimento islâmico Hamas, que governa de fato em Gaza e é considerado terrorista por Israel e Estados Unidos, ameaçou se vingar de Israel, e hoje elogiou o ataque como “uma vingança heróica pela operação de Jenin”.

A Cisjordânia vive seu auge de violência desde a Segunda Intifada (2000-2005). A violência relacionada ao conflito israelense-palestino matou pelo menos 187 palestinos, 25 israelenses, um ucraniano e um italiano, segundo um balanço feito com base em fontes oficiais. A operação realizada desde segunda-feira, 3, acontece sob o governo mais conservador da história de Israel e utiliza veículos blindados, escavadeiras militares e drones. O exército bombardeou um “centro de operações conjuntas” que, segundo ele, serve como ponto de comando da “Brigada Jenin”, um grupo militante local. Simultaneamente a escalada do conflito na Cisjordânia, a área tem assistido à proliferação de novos grupos armados palestinos, que realizam cada vez mais ataques e deixaram 25 mortos do lado israelense, a maioria colonos e cinco menores de idade.  Os confrontos entre as forças israelenses e os palestinos provocaram, na noite de segunda-feira, a fuga de “cerca de 3.000” residentes do campo, onde vivem 18.000 palestinos, segundo o vice-governador de Jenin, Kamal Abu al-Rub.

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