Em uma decisão história, o Parlamento da Coreia do Sul aprovou uma legislação histórica nesta terça-feira, 9, que proíbe a indústria de carne de cachorro. Foram 208 votos a favor e nenhum contra o projeto de lei. A medida foi tomada em resposta aos apelos públicos cada vez mais intensos pela proibição, impulsionados por campanhas pelos direitos dos animais e preocupações com a imagem internacional do país. O presidente Yoon Suk-yeol e seu governo apoiam a proibição, o que torna as próximas etapas para torná-la lei uma formalidade. Apesar da aprovação, alguns criadores de cães planejam entrar com uma apelação constitucional e realizar manifestações de protesto, indicando que o debate sobre a proibição ainda está longe de acabar. A legislação deixou os fazendeiros extremamente chateados e frustrados. Eles consideram a proibição uma violência do Estado e uma restrição à liberdade de escolha profissional. Os criadores de cães planejam entrar com uma petição no tribunal constitucional e realizar passeatas em protesto. Os agricultores se reunirão para discutir outras medidas futuras.
A aprovação da legislação foi considerada uma “história em construção” pela Humane Society International. A organização destacou a vitória histórica para os animais e a paixão e determinação do movimento de proteção animal. Embora não haja dados oficiais confiáveis sobre o tamanho exato do setor de carne de cachorro na Coreia do Sul, ativistas e fazendeiros afirmam que centenas de milhares de cães são abatidos para consumo de carne todos os anos no país. A proibição da indústria de carne de cachorro é considerada um marco importante na luta pelos direitos dos animais.