A direção do ASA divulgou, neste domingo (7), uma nota repudiando a forma como sua torcida foi tratada no estádio Rei Pelé, na final do Campeonato Alagoano contra o CRB. De acordo com a direção, o local destinado a torcida alvinegra foi incompatível com o valor do ingresso, apenas um banheiro e sem separação entre homens e mulheres. A diretoria alvinegra também reclamou de atitudes da Polícia Militar antes e depois do jogo. Veja Nota completa do ASA e as respostas do CRB e da PM:
Nota do ASA
“A Agremiação Sportiva Arapiraquense (ASA) repudia o tratamento que seus torcedores receberam dentro do Estádio Rei Pelé, na final do Campeonato Alagoano. O local destinado a torcida do ASA, arquibancada inferior, não foi compatível com o preço do ingresso e com o lay-out anunciado pelo clube mandante que divulgou através do mapa do estádio que seria na parte alta.
No espaço destinado a nossa torcida havia apenas UM banheiro, sem separação entre homens e mulheres. Crianças e adultos de ambos os sexos ocupando o mesmo espaço além de ser desrespeitoso fere o estatuto do torcedor. Uma torcedora alvinegra passou mal na arquibancada e só recebeu atendimento após 20 minutos, pois não havia Bombeiros Civis no local, outro fato absurdo.
Também não podemos nos calar diante das agressões covardes e absurdas que os torcedores alvinegros receberam na saída do estádio após a partida. Alguns integrantes da Polícia Militar agrediram com cacetetes e disparos de balas de borracha nossos torcedores, assim como quebraram janelas dos ônibus e chegaram a utilizar um cavalo para destruir o veículo. Esse tipo de atitude – que não é a primeira vez em jogos na capital – fere e mancha a imagem da polícia, que tem como objetivo proteger e garantir a segurança do cidadão, não penaliza-lo apenas por ser torcedor do interior:
O ASA estará sempre ao lado do seu maior patrocínio, que é sua torcida, e se solidariza com os torcedores que foram agredidos. O clube espera também que estas situações sejam apurados rigorosamente e que os responsáveis pelos excessos sejam penalizados.
Não existe mais espaço para situações como estas no futebol e nem na vida!”, diz a nota oficial do ASA”.
Nota do CRB
” Acerca do local destinado ao setor visitante e a precificação, o CRB cumpriu com o acordado previamente. A diretoria regatiana aguardou a solicitação da carga máxima (10%), porém como não foi solicitada com dois dias de antecedência à partida, ampliamos a capacidade da torcida mandante, como previsto no regulamento da competição. Com a ampliação da capacidade da torcida do CRB, precisamos reposicionar e alterar a disposição das áreas do estádio. Com a alteração, a torcida adversária foi transferida para a arquibancada baixa. Vale ressaltar que o valor cobrado foi exatamente o mesmo que foi pago pelo nosso torcedor (R$ 20 meia/ R$ 40 inteira).
Acerca da estrutura do local destinado a torcida visitante, em vistoria realizada junto a Polícia Militar, foi identificado que seria necessário a instalação de banheiros químicos, bar, para comercialização de bebidas e segurança. A diretoria do CRB solicitou prontamente à Esportiva Gestão e Logística, que ficou responsável por todas as adequações no local. Toda a estrutura foi planejada e programada com antecedência. O Clube de Regatas Brasil preza pelo bem-estar e dignidade das pessoas”.
Polícia Militar
Segundo a assessoria do 3º Batalhão de Polícia Militar (3º BPM), houve uma confusão nos arredores do estádio e policiais da cavalaria tentaram conter os torcedores. Ainda segundo a polícia, o motorista que transportava a organizada do ASA não obedeceu a ordem de parada e atropelou um dos PMs e seu cavalo, ocasionando lesões.
A denúncia foi feita pela guarnição a um oficial superior. Conforme a PM, o motorista foi preso e ouvido juntamente com os integrantes da guarnição da Cavalaria que fizeram a denúncia.