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Sexta-feira, 3 Maio, 2024

Após assassinato de jovem em sítio, pai de homem que matou a esposa, é preso em Tapera

Equipes do 7º Batalhão da Polícia Militar de Alagoas apreenderam uma arma de fogo pertencente a um homem suspeito de participar de um homicídio em São José da Tapera, no Sertão alagoano. A crime foi registrado no final da tarde do último sábado (06/01). E o autor, que é primo da vítima, se encontra foragido.

A arma apreendida seria do cabo reformado da Polícia Militar de Sergipe, José Nilton Barros, que é pai de Leandro Pinheiro Barros, que em junho do ano passado matou com um tiro no peito a esposa, Mônica Cristina Gomes Cavalcante Alves, 26, morta na calçada do fórum de Tapera. Leandro, que está com prisão decretada, continua foragido.

De acordo com as informações, os militares chegaram até o endereço do acusado, numa chácara, após receberem informações de testemunhas, que afirmaram que ele havia se envolvido no crime contra um jovem de 22 anos no Sítio Lajeiro.

Segundo as informações colhidas no local, o autor dos disparos de arma de fogo, que não foi encontrado, e a vítima são primos. O assassinato teria ocorrido após uma briga familiar envolvendo o pai do foragido.

Segundo o apurado pelo Portal Itálo Timóteo, José Nilton e mais duas pessoas bebiam em sua chácara na zona rural, quando dois homens que são tio e sobrinho se desentenderam. A confusão teria se estendido e um homem identificado como Dorival Moraes dos Santos foi até ao local e resolveu assassinar Danilo dos Santos Oliveira, 22 anos. Dorival Moraes é primo de Danilo dos Santos e teria matado depois da discussão.

Para cometer o crime, José Nilton, segundo a polícia utilizou o carro para levar a vítima e o autor até o local do crime. Testemunhas ainda disseram que o sargento da PM de Sergipe deu duas coronhadas e depois Dorival Moraes assassinou a vítima.

Segundo a PC, o proprietário da pistola calibre 380 apreendida, é do policial de Sergipe e pai de Leando foi levado à Delegacia Regional de Santana do Ipanema para os procedimentos cabíveis. O celular dele também foi recolhido. Testemunhas relataram que o suspeito do crime teria deixado o local na companhia do policial.

A Polícia Civil está investigando o caso. Participaram da ocorrência as guarnições do Pelotão de Operações Policiais Especiais (Pelopes), do Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) de Tapera, da 3ª Companhia de Olho d’Água das Flores e do Programa Força Tarefa.

Outros crimes envolvendo a família

De acordo com informações do Correio Notícia, o militar reformado teve a prisão decretada em 2010 após ser indicado como líder de uma suposta quadrilha de assaltantes de bancos e roubo de carros, com participação em homicídios, adulteração de chassis e falsificação de documentos de veículos, além do comércio de veículos alienados.

Ainda segundo a polícia, chamada de “Amigos do Bem” a quadrilha era formada por cerca de 10 pessoas. No dia da operação José Nilton não foi preso. Ele estava de férias em São Paulo. O filho mais novo, irmão do homem que matou Mônica, Maxwell Pinheiro Barros, também foi preso.

Com o jovem os policiais encontraram armas e munições, inclusive de fuzil 7.62, de uso exclusivo das Forças Armadas, equipamentos de uso exclusivo da Polícia Militar, como colete à prova de balas, algemas, coldres e até medicamentos abortivos.

Naquele ano o promotor de Justiça Luiz Tenório Oliveira revelou que, além do irmão do assassino de Mônica, também foram presos Roberto Moraes de Freitas (posse ilegal de armas); Gilvan dos Santos (veículo roubado); Remi Gomes da Silva (carro roubado, posse ilegal de armas e drogas); Lucilânio da Silva Mota (veículo roubado); José Rodrigues de Oliveira (carros roubados, posse ilegal de armas e droga); Remi Gomes da Silva (veículo e cartões do Bolsa Família irregulares); Antônio Alves Rodrigues (posse ilegal de arma); Renildo da Silva (veículo irregular), Silvana da Silva Oliveira (drogas) e Joel Pinheiro de Oliveira, proprietário da Oficina Paraíba.

No ano passado, o desembargador Mário Casado Ramalho, integrante da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas, extinguiu, por falta de provas, o habeas corpus impetrado em favor de Gilvan dos Santos.

O promotor Luiz Tenório também disse que José Nilton era o mandante da execução do sargento da PM de Alagoas José Pedro de Araújo, morto em janeiro de 2009, próximo da residência onde morava, na cidade de Pão de Açúcar. A esposa do militar lotado no 7º BPM, em Santana do Ipanema, Cleimárcia Souza Leite ficou ferida. Em depoimento ela revelou que os criminosos foram dois homens em uma motocicleta.

Conforme as investigações na época, o sargento integrava a quadrilha de José Nilton, mas havia decidido deixar o bando e criar outra quadrilha especializada nos mesmos crimes. José Nilton, supostamente, não gostou devido à concorrência e determinou a morte do ex-comparsa.

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