O governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP) repudiou e condenou “qualquer ataque contra civis palestinos e israelenses”, sem se referir explicitamente ao atentado cometido por dois palestinos nesta segunda-feira (8) em um ponto de ônibus de Jerusalém que deixou seis mortos, além de feridos. “A presidência palestina reiterou sua firme posição de rejeitar e condenar qualquer ataque contra civis palestinos e israelenses e denunciar todas as formas de violência e terrorismo, independentemente de sua origem”, disse a ANP em comunicado. O ataque ocorreu em um cruzamento próximo a dois assentamentos israelenses na Jerusalém Oriental ocupada, onde vivem cidadãos israelenses ultraortodoxos.
A ANP enfatizou no comunicado, publicado pela agência de notícias “Wafa”, que “a segurança e a estabilidade na região não serão alcançadas sem o fim da ocupação, o fim dos atos de genocídio na Faixa de Gaza e o fim do terrorismo dos colonos na Cisjordânia, inclusive na Jerusalém ocupada”. Imagens do ataque compartilhadas nas redes sociais mostram vários cidadãos vestidos com roupas ultraortodoxas correndo entre os carros parados no ponto de ônibus quando ouviram tiros. Após o incidente, a Agência EFE testemunhou pelo menos um dos corpos vestidos com esse tipo de roupa. O chefe de gabinete do serviço de emergências israelense Magen David Adom, Uri Shaham, explicou que os palestinos atiraram da rua, ferindo tanto pessoas que esperavam no ponto de ônibus quanto passageiros de um ônibus.
Os dois agressores, que, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores de Israel, são cidadãos palestinos, foram mortos a tiros no local por um militar e dois civis armados, antes que as equipes de emergência chegassem para ajudar as vítimas.
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Além dos seis mortos, incluindo um cidadão espanhol de 25 anos, 12 feridos foram levados ao hospital por paramédicos. O grupo terrorista Hamas, que não reivindicou a responsabilidade pelo ataque, enalteceu o ato, dizendo que foi realizado por dois “combatentes da resistência” em Jerusalém, e afirmou se tratar de uma “resposta natural” ao genocídio de Israel na Faixa de Gaza, segundo argumentou.
*Com informações da EFE
Publicado por Fernando Dias
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Fonte: Jovem Pan