Zhong Nanshan, um dos principais especialistas da China em doenças respiratórias, disse que as autoridades preveem um novo pico de Covid-19 que vai infectar 65 milhões de pessoas por semana em todo o país. E isso deve acontecer daqui a um mês, no final de junho. O alerta foi dado na última segunda-feira (22/05).
A nova onda – já esperada, segundo Zhong– começou em abril, quando a Covid voltou a superar a gripe comum como principal doença infecciosa na China. Já nesta última semana de maio, os casos devem superar a marca de 40 milhões de infecções semanais.
O aviso de Zhong, em alguma medida, confirma relatos que vinham se multiplicando nas redes sociais, em plataformas chinesas como o Weibo e em americanas como o Twitter. As publicações apontavam indícios de que o coronavírus está de volta à circulação na China e ganharam força com imagens de Xi Jinping.
Em 10 de maio, por exemplo, a agência estatal de notícias Xinhua mostrou a visita do dirigente chinês a Xiong’an, uma “cidade do futuro” em construção cem quilômetros ao sul de Pequim. Nas fotos, Xi e toda a sua comitiva usavam máscaras de proteção.
Dois dias depois, em Shijiazhuang, o dirigente e seu entorno novamente protegiam boca e nariz com o item de segurança durante visita a um salão de exposições de uma futura indústria biomédica.
Mesmo em eventos oficiais em que Xi apareceu sem máscara, como ao receber, na quarta-feira (24/05), o premiê da Rússia, Mikhail Michustin, em Pequim, chama a atenção o fato de todas as pessoas presentes ao redor das longuíssimas mesas do Grande Salão do Povo estarem usando o equipamento.