A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, sediada em Brasília, finalizou seu relatório, recomendando o indiciamento de três indivíduos por envolvimento em um esquema de manipulação de resultados. Entre os indiciados está Bruno Tolentino, tio do jogador Lucas Paquetá, acusado de realizar transações financeiras incompatíveis com seu patrimônio e de repassar valores a atletas supostamente envolvidos no esquema. O relatório também menciona William Pereira Rogato, conhecido como “rei do rebaixamento”, atualmente preso em Dubai, e Thiago Chambó Andrade, empresário suspeito de financiar jogadores para manipular resultados.
Durante a investigação, surgiram suspeitas sobre a participação de Lucas Paquetá, mas estas não resultaram em seu indiciamento formal. No entanto, familiares do jogador, como seu irmão Mateus Tolentino, foram citados por movimentações financeiras suspeitas. O relatório final da CPI propõe mudanças na legislação para combater a manipulação esportiva, incluindo o aumento de penas para os infratores e a implementação de regras mais rígidas para casas de apostas. Além disso, recomenda-se que o Ministério da Fazenda intensifique a fiscalização, especialmente em relação a menores de idade, e que o Brasil adote a Convenção de Macolin, um tratado internacional contra a manipulação de jogos.
O relatório foi encaminhado a diversos órgãos governamentais, incluindo o Ministério da Justiça, Ministério do Esporte, Ministério da Saúde e à Casa Civil, com o objetivo de desenvolver medidas a serem apresentadas ao Legislativo. A expectativa é que essas medidas contribuam para um ambiente esportivo mais justo e seguro, protegendo a integridade das competições e dos atletas envolvidos.
No Senado, a expectativa é que o senador Romário, relator da CPI, apresente o relatório final aos senadores, com votação prevista para esta quarta-feira (12). A instalação e votação dos presidentes das comissões permanentes também estão na agenda do Senado, destacando a importância de uma resposta legislativa rápida e eficaz para os problemas identificados pela CPI.
*Com informações de Aline Becketty
Fonte: Jovem Pan