Deputados do PT pediram à Procuradoria-Geral da República (PGR) que investigue o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), por uma fala que fez sobre a separação da região Sul do resto do Brasil. Eles acusam o gestor de praticar o crime de atentado à Integridade Nacional, que consiste em praticar violência ou ameaça com a finalidade de desmembrar parte do território nacional.
A frase, dita em tom de brincadeira ao lado do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), repercutiu nas redes sociais e fez referência ao ao movimento separatista “O Sul é o Meu País”.
— Temos dois candidatos à Presidência da República aqui. Daqui a pouco, se o negócio não funcionar muito bem lá para cima, nós passamos uma trena para o lado de cá e fazemos ‘o Sul é nosso país’, né?”, disse Jorginho Mello, em evento realizado há cerca de 15 dias, em Curitiba.
No pedido de providências apresentado à PGR pelos deputados Lindbergh Farias (PT-RJ), Pedro Uczai (PT-SC) e Ana Paula Lima (PT-SC), eles afirmam que a conduta do governador “revela ação consciente e voluntária, proferida com dolo, e que extrapola os limites do debate democrático ao colocar em dúvida a integridade da Federação e a lealdade institucional do agente ao pacto republicano”.
Os parlamentares alegam ainda que a fala de Jorginho Mello “ultrapassa a fronteira da crítica ou liberdade de expressão, pois se trata de manifestação revestida de autoridade e que atua como estímulo à erosão do pacto federativo e do compromisso republicano”.
Sob esses argumentos, os petistas pedem que Jorginho Mello seja investigado e responsabilizado nas esferas cível e criminal.
