
Foto: MPE
Após três dias de julgamento, o Tribunal do Júri da comarca de Penedo condenou, na sexta-feira (25), Mary Jane Araújo Santos e Karlo Bruno Pereira pelo assassinato de Roberta Costa Dias, crime ocorrido em abril de 2012. Na ocasião, a vítima tinha 18 anos e estava grávida de três meses – e era estudante do curso técnico de Meio Ambiente do Instituto Federal de Alagoas (Ifal).
O júri considerou Karlo Bruno culpado por homicídio qualificado, aborto provocado por terceiros e ocultação de cadáver. Ele foi condenado a 15 anos de prisão em regime fechado.
Já Mary Jane Araújo Santos recebeu pena de um ano e 10 meses, a ser cumprida em regime aberto. A ré foi condenada a 2 anos de reclusão, mas houve o abatimento do tempo em que ela ficou presa anteriormente, sendo a pena definitiva fixada em 1 anos e 10 meses.
Mary Jane foi absolvida da acusação de homicídio, mas acabou condenada pelos crimes de ocultação de cadáver e corrupção de menores. De acordo com o Ministério Público, Mary Jane teve participação direta no encobrimento do crime e foi responsável por induzir o filho, menor de idade à época, a se envolver na trama. O júri acolheu essa tese, mas entendeu que não havia provas suficientes para ligá-la diretamente à morte de Roberta.
Mônica Costa, mãe da jovem Roberta Dias, afirmou ter feito sua parte. “Lutei com todas as minhas forças e deixei que a sociedade fizesse a parte dela. E foi feita… pela metade”, declarou a mãe da jovem, visivelmente abalada, mas serena ao deixar o Fórum. “Pelo menos um dos assassinos vai pagar. Não vai trazer minha filha de volta, nem o meu neto. Mas é assim mesmo. Estou com a minha consciência tranquila,” concluiu na entrevista concedida na saída do Fórum, após o julgamento.