Após conquistar avanços na extensa pauta de reivindicações, trabalhadoras e trabalhadores da educação da rede pública estadual de Alagoas decidiram, em assembleia convocada pelo Sinteal, na manhã dessa quarta-feira (06/09), suspender a greve da categoria, retomando as atividades na próxima segunda-feira (11/09).
O presidente do Sinteal, Izael Ribeiro, contabiliza os ganhos obtidos. “Mostramos a força que a educação tem para fazer luta. O governo se comprometeu a reformular o Plano de Cargos para corrigir distorções na carreira. Isso garante valorização real nos nossos salários. É uma grande conquista que só foi possível com a greve. Somando isso aos 5,79%, à mudança de letra dos funcionários e ao aumento de carga horária, à implantação de vale-transporte, vale-refeição e à revisão do valor do difícil acesso, saímos vitoriosos e seguiremos na luta em nossos locais de trabalho”.
A reformulação do PCC vem para reconhecer titulações, organizar questões como tempo de serviço, que foram perdidas com o último plano, e com certeza é uma das grandes conquistas da greve que atinge toda a categoria, ativos e aposentados. Um grupo de trabalho será constituído com o Sinteal, SEPLAG, SEDUC e SEFAZ, com prazo até 30 de outubro do corrente para finalizar o projeto de lei. “Se não se concretizar, a categoria está pronta para retomar a greve”, ressalva Izael.
O percentual que saiu de 0% na primeira proposta do governo, chegou a 5,79% depois de muita luta, paralisações e greve. Será implantado em duas parcelas, ambas em 2023. Uma em setembro e outra em novembro.
A mudança de letra das/os funcionárias/os, uma progressão de carreira que, apesar de ser direito na lei, deveria ter sido implantada em abril, só foi implantada (com retroativo a abril) por conta da greve. Significa mais 6% (seis por cento) sobre os salários de 4.000 (quatro mil) funcionárias/os de escola.
Questões como difícil acesso, vale-transporte e vale-refeição estavam travadas a um ano na mesa de negociação. O aumento de carga horária, uma reivindicação antiga das/os funcionárias/os, que só tinha sido implantado para professoras/es, finalmente vai acontecer graças à luta.