O governo dos Estados Unidos prevê cancelar todos os contratos restantes com Harvard, afirmou nesta terça-feira (27) um alto funcionário, em uma última tentativa de obrigar a universidade a se submeter a uma supervisão sem precedentes. A administração “enviará hoje uma carta às agências federais pedindo-lhes que identifiquem qualquer contrato com Harvard, e se podem ser cancelados ou redirecionados a outro lugar”, disse a fonte que pediu anonimato.
O fim dos contratos, que segundo a imprensa americana chegariam a 100 milhões de dólares (566 milhões de reais), marcaria uma ruptura dos laços comerciais entre o governo e uma instituição que, por sua vez, é a mais antiga do país e uma potência mundial da pesquisa. A administração de Trump acusa a universidade de Cambridge de permitir o antissemitismo e de promover os valores liberais.
Harvard não permitiu que o governo controlasse a inscrição de estudantes e a contratação de professores. Nas últimas semanas, o reduto educacional de elite viu bilhões de dólares em subsídios serem congelados. O governo também tentou pôr fim à sua capacidade de receber estudantes estrangeiros, mas uma sentença judicial o impediu.
A universidade argumenta que as decisões de Trump são inconstitucionais e paralisariam sua capacidade de funcionamento. Na segunda-feira, Trump prometeu seguir com sua luta. Em uma mensagem nas redes sociais, afirmou que entre os estudantes estrangeiros de Harvard havia “lunáticos radicalizados, desordeiros”.
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Na semana passada, a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, revogou a capacidade de Harvard de matricular estrangeiros, deixando em suspense o futuro de milhares de estudantes e o lucrativo fluxo de receitas que proporcionam. No mês passado, havia ameaçado bloquear a matrícula de estudantes internacionais na universidade a menos que ela entregasse os registros sobre as “atividades ilegais e violentas” dos titulares de vistos.
*Com informações da AFP
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Fonte: Jovem Pan