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Domingo, 23 Março, 2025

‘Grandes corporações não têm o direito de desestabilizar nações inteiras com desinformação’, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (26) que o desenvolvimento da inteligência artificial (IA) não pode excluir os países do Sul Global. Durante a Primeira Reunião de Sherpas da presidência brasileira do Brics, realizada no Palácio do Itamaraty, em Brasília, Lula destacou a necessidade de mitigar os riscos e distribuir os benefícios da revolução digital de forma equitativa.

“Grandes corporações não têm o direito de silenciar e desestabilizar nações inteiras com desinformação. Mitigar os riscos e distribuir os benefícios da revolução digital é uma responsabilidade compartilhada”, afirmou o presidente. Segundo Lula, o Brasil proporá um sistema de governança para a IA no âmbito do Brics, destacando que o interesse público e a soberania digital devem prevalecer sobre interesses corporativos.

Lula ressaltou a importância estratégica do Brics na geopolítica global, defendendo um mundo multipolar e relações internacionais menos assimétricas. O presidente reafirmou o compromisso do Brasil com o multilateralismo e criticou a retirada dos Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde (OMS) durante a gestão de Donald Trump. “Sabotar os trabalhos da OMS é um erro com sérias consequências. Fortalecer a arquitetura global de saúde, com a OMS em seu centro, é fundamental para garantir um acesso justo e equitativo a medicamentos e vacinas”, disse Lula.

Atualmente, o Brics é formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. Durante a cúpula de líderes do grupo, agendada para julho, no Rio de Janeiro, espera-se que países parceiros como Belarus, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão sejam convidados a integrar o bloco.

Prioridades da presidência brasileira no Brics

Durante seu discurso, Lula listou os eixos prioritários da presidência brasileira no bloco, incluindo:

  • Reforma da arquitetura multilateral de paz e segurança, com modificações na ONU e no Conselho de Segurança;
  • Parceria para eliminação de doenças socialmente determinadas e doenças tropicais negligenciadas;
  • Aprimoramento do sistema monetário e financeiro internacional;
  • Combate às mudanças climáticas;
  • Regulação da inteligência artificial e seus desafios éticos, sociais e econômicos;
  • Aumento da institucionalidade do Brics para garantir decisões mais eficazes.

Lula também destacou o papel estratégico da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em novembro em Belém (PA), e a importância da continuidade dos debates do G20, que este ano acontecerão na África do Sul.

A presidência brasileira no Brics será intensa, com foco na cooperação entre países em desenvolvimento e no fortalecimento da influência do Sul Global na governança internacional. “Teremos uma presidência intensa, que nos conduzirá a uma belíssima cúpula de chefes de Estado e de governo no Rio de Janeiro”, concluiu Lula.

*Reportagem produzida com auxílio de IA

Fonte: Jovem Pan

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