O governo da Groenlândia manifestou seu descontentamento após o anúncio de uma viagem de uma delegação dos Estados Unidos ao território. A visita, que inclui a esposa do vice-presidente dos EUA, Asha Pence, tem como objetivo oficial a inspeção de uma base militar americana na região. No entanto, um dos motivos da viagem é o desejo de Usha Vance de assistir a uma corrida de cães de trenó, o que gerou críticas do governo local. O premier interino da Groenlândia, Mute Egede, classificou a visita como uma provocação e um sinal de interferência externa.
A comitiva americana é composta por Usha Vance, o assessor de segurança nacional da Casa Branca, Mike Waltz, e o secretário de energia, Chris Wright. Enquanto os dois últimos têm compromissos na base militar, Usha Vance planeja atividades turísticas. A presença da delegação é reforçada por dois helicópteros Hércules da Força Aérea Americana e 60 policiais, o que aumenta a percepção de uma presença ostensiva dos EUA no território. A Groenlândia, com uma população de menos de 100 mil habitantes, enfrenta um cenário político delicado, especialmente diante das intenções expansionistas do presidente Donald Trump.
Recentemente, a Groenlândia realizou eleições, nas quais o partido Democrático de centro-direita saiu vitorioso. A proposta do partido é buscar uma independência gradual da Dinamarca, sem interferência americana. No entanto, a contínua pressão dos EUA pode influenciar a opinião pública local, levando a um possível desejo de integração com os Estados Unidos. A visita atual, embora oficialmente turística, é vista como parte de um interesse estratégico maior por parte dos EUA.
*Com informações de Fabrizio Neitzke
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Fonte: Jovem Pan