A Polícia Civil de Alagoas, através da Diretoria de Inteligência Policial (Dinpol), prendeu um homem de 38 anos que assassinou cruelmente, com um golpe de faca do pescoço, a sua companheira. O caso aconteceu no Dia Internacional da Mulher, 8 de março deste ano, em Água Branca, Sertão de Alagoas.
Em uma ação conjunta entre as polícias civis de Alagoas e Minas Gerais, foi cumprido, nesta quarta-feira (4), o mandado de prisão, acusado de feminicídio.
A prisão ocorreu na cidade de Uberlândia (MG), após trabalho de inteligência coordenado pelo delegado Thales Araújo, da Diretoria de Inteligência Policial (DINPOL), e pela delegada Bárbara Porto, em colaboração com o setor de inteligência da 9ª Região Integrada de Segurança Pública (RISP) mineira.
O mandado foi expedido pela comarca de Água Branca (AL) e se refere ao assassinato de Luzia dos Santos de Araújo, ocorrido em 8 de março de 2025, no povoado Alto da Boa Vista, zona rural do município.
A data marcava o Dia Internacional da Mulher, e segundo as investigações, Luzia foi morta com um golpe de faca no pescoço pelo companheiro, em um bar onde ambos estavam.
De acordo com os autos, o relacionamento entre o casal era marcado por brigas constantes e histórico de violência doméstica.
Na madrugada do crime, o acusado teria agido por ciúmes, ao ver Luzia conversando com outras pessoas no local.
Ela agonizou por horas no chão do bar sem receber socorro, enquanto o filho do casal, de apenas sete anos, permaneceu ao lado do corpo da mãe, pedindo ajuda.
Após o crime, o autor fugiu do local e conseguiu escapar de cercos policiais, mantendo-se foragido por quase três meses.
Ele foi localizado em Uberlândia, onde vivia discretamente e realizava pequenos trabalhos informais.
A identificação e prisão só foram possíveis graças ao trabalho conjunto entre as equipes de inteligência dos dois estados.
Após ser detido, o suspeito foi levado à sede da 9ª RISP, onde passou pelos trâmites legais e agora está à disposição da Justiça.
Ele deverá ser encaminhado para audiência de custódia nos próximos dias.
A Delegada Bárbara Porto – DINPOL/PCAL, fala sobre o caso: