Joanilta Alcântara de 90 anos foi abandonada pelo próprio neto e encontrada em condições desumanas, trancada em casa, em Santana do Ipanema, no dia 10 de março deste ano. Quase dois meses depois de ser resgatada, ela se recuperou e agora está sendo acolhida em um abrigo. O neto, de 29 anos, foi preso nesta terça-feira (30), por abandono de incapaz. (veja abaixo as imagens do local onde a idosa vivia)
De acordo com a Polícia Civil de Alagoas, por meio da Delegacia Regional de Santana do Ipanema, coordenada pela delegada Daniella Andrade, a equipe cumpriu um mandado de prisão preventiva contra um homem de 29 anos, que estava foragido por abandono de incapaz contra sua avó. O acusado foi capturado no município de Dois Riachos.
A situação foi constatada desde o dia 10 de março, quando uma equipe do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) visitou a avó do acusado. No local, a idosa foi encontrada em uma condição insalubre, sozinha, sem conseguir locomover-se no sofá da casa, sem colchão e sem acesso a comida ou água potável.
A vítima, além de sofrer pela falta de condições em higiene pessoal, estava muito magra e apresentava feridas causadas por carrapatos, evidenciando a falta de cuidado. Ela foi resgatada e encaminhada ao abrigo. Em entrevista à TV Gazeta, dona Joanilta destaca que, dentre outras coisas que tem recebido da casa de acolhimento, estão carinho e afeto.
A Delegacia instaurou inquérito e averiguou que, mesmo recebendo dois salários mínimos como benefício do INSS, a idosa não estava recebendo os cuidados necessários por parte de seu neto, que ostentava vida confortável como fotógrafo de casamentos e ensaios, conforme constatado em redes sociais.
Os vizinhos da idosa, em depoimento, afirmaram não ter conhecimento da presença de alguém na casa, pois a residência estava sempre trancada e aparentemente abandonada.
O autor foi indiciado pelo abandono da incapaz e diversos crimes contra o Estatuto do Idoso, e transferido para a CISP de São José da Tapera, onde ficará a disposição da justiça.
A Delegada Daniella Andrade, da Delegacia Regional de Santana do Ipanema, fala sobre o caso: