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Sábado, 24 Maio, 2025

Indiciado pela polícia e pressionado pela torcida, Augusto Melo diz que não renunciará à presidência do Corinthians

Mesmo diante de um indiciamento por crimes graves e da crescente pressão de torcedores, o presidente do Corinthians, Augusto Melo, afirmou nesta sexta-feira (23) que não pretende renunciar ao cargo. A declaração foi feita em entrevista coletiva na Neo Química Arena, um dia após a Polícia Civil de São Paulo concluir inquérito que o aponta como suspeito de associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro, no caso do contrato de patrocínio com a casa de apostas VaideBet.
Além de Melo, também foram indiciados o ex-superintendente de marketing Sérgio Moura, o ex-diretor administrativo Marcelo Mariano e Alex Fernando André, conhecido como Alex Cassundé, apontado como falso intermediário no acordo. A investigação concluiu que a inserção de Cassundé no contrato foi uma simulação para desviar recursos do clube, com participação direta de dirigentes corintianos.
Apesar da gravidade das acusações, Augusto Melo negou qualquer envolvimento e afirmou estar “muito tranquilo”. Segundo ele, o processo é fruto de uma tentativa de desgaste promovida por opositores: “Não passa pela minha cabeça renunciar. Eu não tenho envolvimento nenhum nisso. Confio na Justiça e quero essa investigação mais do que ninguém.” A defesa do presidente, liderada pelo advogado Ricardo Cury, alega que o inquérito policial não individualiza as ações de Melo e que não há provas contra ele. “É tudo baseado em ilações. Vamos apresentar uma defesa robusta na sessão do Conselho Deliberativo”, afirmou o advogado.
A crise política se agravou com a mudança de postura da Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do clube. Em nota oficial, o grupo defendeu o afastamento imediato de Augusto Melo, alegando que a permanência do presidente pode prejudicar ainda mais a imagem da instituição. “O Corinthians deve estar acima de qualquer interesse pessoal”, disse a torcida. Outros torcedores também pediram a renúncia nas redes sociais. Segundo Augusto, a torcida está influenciada pela imprensa.

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O caso será analisado oficialmente na próxima segunda-feira (26), quando o Conselho Deliberativo do clube se reunirá no Parque São Jorge para votar o pedido de impeachment de Augusto Melo. A solicitação havia sido protocolada no ano passado, motivada por irregularidades no contrato com a VaideBet, cujo rompimento ocorreu em junho de 2024, após denúncias de que empresas de fachada teriam recebido valores do patrocínio.

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Publicado por Felipe Dantas
*Reportagem produzida com auxílio de IA

Fonte: Jovem Pan

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