O governador Paulo Dantas anunciou, durante evento na orla de Maceió, a construção de um novo anexo do Laboratório Forense da Polícia Científica de Alagoas. A iniciativa representa um marco na modernização da perícia criminal no estado, solucionando entraves estruturais que há anos impactam a celeridade e a qualidade dos serviços prestados à sociedade.
Localizado no Instituto de Criminalística de Maceió (ICM), o Laboratório Forense está em funcionamento desde 4 de dezembro de 2015. Apesar de contar com tecnologia e metodologias atualizadas, a estrutura física limitada e a crescente demanda têm comprometido a entrega dos laudos periciais, fundamentais para a elucidação de crimes e outras ações judiciais em todo o estado.
Além de absorver todas as demandas da capital e interior, já que o núcleo de Arapiraca não possui estrutura laboratorial, a unidade atua em frentes diversas da perícia forense, com exames nas áreas de química, toxicologia e genética. Entre os serviços ofertados, destacam-se análises de drogas, materiais desconhecidos, exames toxicológicos, identificação genética e exames de DNA para identificação de desaparecidos.
Thalmanny Goulart, perito criminal e chefe do Laboratório de Química e Toxicologia, explicou que, nos últimos três anos, o número de solicitações de exames tem superado a capacidade de entrega de laudos. Embora conte com apenas 16% do efetivo de peritos criminais da Polícia Científica (14 profissionais), o laboratório é responsável pela maior produção de laudos do ICM por anos consecutivos.
A ampliação do Laboratório Forense possibilitará uma série de avanços em diversos eixos da perícia criminal. Permitirá a expansão urgente e necessária. A construção em tempo ágil, alinhada aos prazos do convênio e às necessidades estruturais para instalação de novos equipamentos, como o moderno sistema de cromatografia adquirido por meio do convênio, firmado entre o Ministério da Justiça e a Secretaria de Estado da Segurança Pública de Alagoas (SSP-AL).
Com o novo anexo planejado, será possível acelerar a inserção de perfis genéticos de condenados, além de ampliar a atuação no Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (PLID). A nova estrutura garantirá segurança, conforto e integridade na coleta de amostras de vítimas e acusados e facilitará a adequação às normas da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), garantindo rastreabilidade e segurança dos vestígios.