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Sábado, 4 Janeiro, 2025

Margareth Menezes e Daniela Mercury pedem respeito a religiões de matriz africana após polêmica de Claudia Leitte

A ministra da Cultura Margareth Menezes e a cantora Daniela Mercury fizeram um apelo por respeito às religiões de matriz africana durante um show do evento Pôr do Som nesta quarta-feira (1º), em Salvador. As declarações das artistas ocorreram dias após a polêmica  de Claudia Leitte, que substituiu mais uma vez a palavra “Iemanjá” da música “Caranguejo (Cata Caranguejo)”, composição de Alan Moraes, Durval Luz e Luciano Pinto, por “Yeshua”, nome de Jesus em algumas religiões cristãs.

Sem citar Claudia Leitte, Margareth Menezes ressaltou a relevância de valorizar a cultura afro-brasileira, lembrando as perseguições históricas que essas tradições enfrentaram ao longo do tempo. “É importante a gente buscar na história desse povo afro-brasileiro, dessa cultura, tantas perseguições, desde o tempo da escravidão. Está na hora da gente pensar melhor e se comportar melhor em relação aos direitos dos povos afro-brasileiros”, declarou a ministra. “A gente tem que saber como começa essa história. É muito digno que a gente respeite as religiões de matriz africana”, acrescentou.

Daniela Mercury, por sua vez, reforçou a ligação intrínseca entre o candomblé e a identidade afro-brasileira, apontando que o preconceito contra essas práticas religiosas é um reflexo do racismo presente na sociedade. “O axé é a força que emana de tudo que é vivo. Que a gente aprenda a se amar, porque se o candomblé sofre preconceito é porque o preto sempre sofreu preconceito, isso é uma consequência do racismo. Que a gente afirme toda a importância das religiões de matriz africana”, disse. “Eu não seria quem sou, sem os terreiros de candomblé, sem o povo que mantém sua cultura através da sua religião. Então, eu bato cabeça”, completou.

Entenda o caso

Há aproximadamente duas semanas, durante seu primeiro ensaio de Carnaval em Salvador, Claudia Leitte alterou a letra de uma música. Em resposta, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) abriu uma investigação para apurar se a cantora teria crime de racismo religioso. Em sua defesa, Cláudia declarou que, estando em um “lugar de privilégios”, considera o racismo um tema que deve ser tratado com muita seriedade e não de maneira superficial. A artista já havia sido alvo de críticas pela mesma alteração anos atrás e repetiu a mudança em uma apresentação realizada no último domingo (29), durante o pré-réveillon em Recife.

*Reportagem produzida com auxílio de IA

Fonte: Jovem Pan

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