Continua internado no Hospital Hélvio Auto, o menino de 3 anos que contraiu meningite bacteriana junto com sua irmã, uma bebê de um ano que morreu, em Maceió, na última semana. Nesta sexta-feira (23/06), o Hospital Hélvio Auto informou que a criança está reagindo bem ao tratamento e destacou que o Lacen ainda não liberou o resultado do exame para identificação da doença.
“O paciente está evoluindo bem ao tratamento, sem febre, orientado e estável, interno em enfermaria sem necessidade de cuidados intensivos, mas ainda sem previsão de alta. Os exames complementares e a sintomatologia já apontam para doença meningocócica, embora o exame do líquor, determinante para a identificação do tipo de meningite, ainda sem resultado liberado pelo Lacen. Apesar de ter desenvolvido um dos tipos mais graves de meningite, a equipe médica acredita que o diagnóstico precoce e o tratamento iniciado rapidamente foi preponderante para a recuperação da criança”, diz o Hélvio Auto.
Os médicos acreditam que a criança de 3 anos foi contaminada junto com a irmã. A menina, de apenas um ano, morreu com sintomas da doença.
O caso – As duas crianças supostamente infectadas passaram o fim de semana com os pais, usuário de drogas em recuperação, na Casa de Passagem São Vicente de Paulo, no bairro de Jaraguá, em Maceió. Ao retornarem para casa, durante a semana, os irmãos apresentaram sintomas mais graves da doença. De acordo com informações da assistente social da Casa de Passagem, os pais pediram ajuda a uma equipe do 5º Batalhão da Polícia Militar, para que as crianças fossem levadas até a UPA.
Por causa da suspeita de meningite, a Secretaria de Saúde de Maceió informou que realizou a profilaxia em cerca de 100 pessoas, abrigadas da Casa de Passagem e também nos três policiais militares que socorreram as crianças.
“A Secretaria de Saúde de Maceió (SMS) informa que assim que tomou conhecimento dos casos de meningite no abrigo deu início à quimioprofilaxia, que é a administração de medicamentos. A SMS também tem feito orientações sobre sintomas da doença aos residentes no local e que tiveram contato com o caso suspeito. A SMS segue investigando os casos relatados no local e, paralelamente, está sendo feito um levantamento para identificação de outras comorbidades de notificação compulsória entre os residentes do abrigo, como identificação e monitoramento daqueles que apresentam sintomas gripais, com possíveis casos de Covid e Influenza, com a realização de testes rápidos”, diz a nota.
De acordo com informações do Ministério da Saúde, Alagoas registrou, neste ano, 29 casos da doença e cinco mortes.
Fonte: TNH1
