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Sexta-feira, 17 Janeiro, 2025

Ministério Público quer afastar cúpula da PM do Distrito Federal após atos antidemocráticos em Brasília

O procurador-geral de Justiça do DF e Territórios (MPDFT), Georges Seigneur, encaminhou, na tarde dessa segunda-feira (09/01), duas recomendações que pedem afastamento provisório do secretário de Segurança Pública do Distrito Federal em exercício, Fernando de Sousa Oliveira; do comandante-geral da Polícia Militar do DF, Fábio Augusto Vieira; do comandante operacional da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Jorge Eduardo Naime Barreto; e do comandante do Pelotão de Choque, Gustavo Cunha de Souza.

Porém, o interventor federal da segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, se antecipou ao pedido do MPDFT e anunciou na tarde de ontem que o coronel Klepter Rosa vai assumir o comando-geral da PMDF. Até o fechamento desta edição não havia uma definição sobre a permanência dos outros membros da cúpula da corporação.

Os pedidos foram encaminhadas ao gabinete da vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, e ao interventor da União na Segurança Pública do DF, Ricardo Capelli. A primeira, que pede o afastamento do titular da SSP, é assinada apenas por Seigneur, o pedido de afastamento dos comandantes, foi feita em conjunto com os titulares da 1ª Promotoria de Justiça Militar, Nísio Tostes Filho, e da 3ª Promotoria de Justiça Militar, Flávio Augusto Milhomem.

Segundo o MPDFT, o afastamento provisório considera a apuração de informações, documentos, fotos e vídeos, além de notícias divulgadas em diversos canais de comunicação social apontando omissões por parte de integrantes da PMDF no que se refere aos graves atos antidemocráticos praticados em 8 de janeiro de 2023. O MPDFT entende que “é preciso manter a hierarquia e a disciplina no âmbito da Polícia Militar do Distrito Federal, bem como o escorreito desempenho de suas funções institucionais”.

Condução dos trabalhos – Cappelli, teve um primeiro dia de trabalho árduo ontem. Após os atos de terrorismo praticados por bolsonaristas que depredaram prédios públicos na Praça dos Três Poderes neste domingo, o interventor nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva acompanhou a retirada dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que acampavam em frente ao Quartel-General do Exército.

Cappelli esteve pessoalmente com o comboio da PMDF que conduzia os militantes de extrema-direita do acampamento até as instalações da Polícia Federal. “Desativamos o acampamento que funcionou como QG dos atos antidemocráticos inaceitáveis de ontem (domingo). Todas as barracas serão retiradas. A área foi retomada e não será permitida a volta de manifestantes de qualquer ordem. Todos foram encaminhados para a PF. A lei será cumprida”, publicou em uma rede social. “Os criminosos seguirão sendo identificados e punidos. Não permitiremos a continuidade de concentrações que funcionem como incubadoras de planos contra o Estado Democrático de Direito”, destacou.

Secretário-executivo do Ministério da Justiça e da Segurança Pública (MJSP), considerado o braço direito do ministro da pasta no atual governo, Flávio Dino, Cappelli foi nomeado como interventor e exercerá o controle operacional de toda a segurança pública da capital federal até o dia 31 de janeiro de 2023, conforme decreto assinado pelo presidente da República. Ele responderá diretamente à Presidência e poderá requisitar servidores e recursos financeiros e tecnológicos de órgãos civis e militares.

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