31 C
Arapiraca
Sexta-feira, 11 Abril, 2025

MPAL ajuíza ação para anular edital da Câmara Municipal de Maceió que quer contratar sem concurso público

O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) ajuizou uma ação civil pública contra a Câmara Municipal de Maceió, nesta quarta-feira (02/08), para impedir que o poder legislativo realize o pregão eletrônico nº 003/2023, cujo objetivo é a contratação de pessoal sem concurso público. Para o MPAL, ao publicar o edital, a Casa de Mário Guimarães fere o princípio da probidade administrativa e causa dano ao erário, inclusive, rompendo com o compromisso assumido, anteriormente, por meio de um termo de ajustamento de conduta.

A ação foi proposta pelos promotores de Justiça Fernanda Moreira e Marcus Rômulo Maia, das 15ª e 16ª Promotorias de Justiça (Fazenda Pública Municipal) respectivamente. Na petição, eles pediram a suspensão do pregão eletrônico de forma imediata, “visando-se evitar dano ao erário e garantir o acesso a cargos públicos por meio de concurso”.

Os promotores também explicaram que já haviam ajuizado, ano passado, a ação n° 8078829-53.2022.8.02.001 (desproporcionalidade dos cargos efetivos x comissionados), que resultou na celebração do TAC onde a Câmara Municipal de Maceió se comprometeu a realizar concurso público para seu quadro efetivo de servidores, após a abertura de vagas decorrentes da aposentação de uma grande quantidade de funcionários. “Na contramão da mencionada avença, a Casa Legislativa, para além de não promover o concurso público (mencionado também em diversas tratativas entabuladas em audiências), fez publicar aviso de pregão eletrônico nº 003/2023, tendo por objeto o registro de preços para eventual e futura contratação de empresa para prestação de serviço terceirizado, com dedicação exclusiva de mão de obra para atendimento das necessidades da Câmara Municipal de Maceió. Ao que se vê, a Câmara Municipal incorreu em manifesto abuso de direito ao adotar um comportamento contraditório, violando a boa-fé e confiança que deveriam pairar sobre as relações humanas”, aponta um trecho da petição.

A assessoria de comunicação da Câmara informou que o processo ainda está em fase de seleção da empresa responsável pelas provas. Depois da escolha, o edital será lançado com os detalhes do processo, como inscrição e prazo.

Os danos

Para o Ministério Público, o comportamento da mesa diretora do parlamento “é contraditório e causará danos irreversíveis à legalidade, ao patrimônio público, à moralidade administrativa e à obrigatoriedade de acesso ao cargo público por meio de concurso”.

E os promotores também fazem um comparativo dos salários existentes nos cargos efetivos e naqueles previstos no edital. “De forma ultrajante, os cargos de assistente administrativo e auxiliar administrativo descritos no edital do pregão têm previsão de remuneração muito superior àquela recentemente aprovada para os servidores efetivos da Câmara, com idênticas atribuições”, explicam, ao exemplificar que o efetivo recebe R$ 5 mil, enquanto o contratado iria ter salário de R$ 6.560,00.

Os pedidos

Ao Poder Judiciário, Fernanda Moreira e Marcus Rômulo Maia requereram a anulação do pregão eletrônico, que deve ser oficializada por meio da Fundação DER-RJ, entidade contratada para a realização do referido processo em função “da existência de vício insanável consubstanciado na contratação irregular de mão de obra para executar atividades de caráter permanente”.

Últimas

Últimas notícias
Últimas notícias

Pinguim transportado em caixa causa acidente em helicóptero na África do Sul

Um pinguim que era transportado em uma caixa causou...

Trump apoia horário de verão permanente e critica mudanças de relógio

Donald Trump manifestou seu apoio à implementação do horário...

Tereza Nelma deixa governo federal e vai assumir secretaria no governo Paulo Dantas

A ex-deputada federal Tereza Nelma (PSD) está deixando a...