O número de mortos após um motorista de uma caminhonete avançar contra uma multidão de foliões em Bourbon Street, Nova Orleans, na madrugada do Ano Novo subiu para ao menos 15 pessoas, segundo um médico legista. O caso está sendo investigado pelo FBI como um ato de terrorismo.
Entenda o caso
Um homem “desesperado para provocar um massacre” dirigiu uma caminhonete a toda velocidade contra uma multidão que comemorava o Ano Novo em Nova Orleans nesta quarta-feira (1º) e deixou pelo menos 15 mortos e 30 feridos, antes de ser morto pela polícia. A polícia disse que o incidente ocorreu por volta das 3h15, horário local (06h15 no horário de Brasília), no coração do famoso French Quarter desta cidade dos Estados Unidos, que estava lotada de pessoas comemorando a chegada de 2025. “Este homem, o perpetrador, atirou em nossos policiais quando bateu. Dois policiais foram baleados. Eles estão estáveis”, disse a superintendente da polícia Anne Kirkpatrick em entrevista coletiva, garantindo que o agressor “tentou atropelar a maior quantidade de pessoas possível”.
“Ele estava determinado a provocar o massacre e os danos que causou”, acrescentou. O FBI, que assumiu o comando operacional das investigações, indicou que o incidente está sendo analisado como um possível ato terrorista e confirmou a morte do agressor. “Um homem dirigiu um veículo contra uma multidão na Bourbon Street, em Nova Orleans, matando várias pessoas e ferindo dezenas de outras. O homem trocou tiros com a polícia e agora está morto. O FBI está liderando a investigação sob a hipótese de um ato terrorista”, disse em comunicado essa agência federal.
O governador de Louisiana, Jeff Landry, descreveu o incidente como um “ato horrível de violência”. O ataque em Nova Orleans ocorreu apenas dez dias depois de um ataque semelhante na cidade de Magdeburg, no leste da Alemanha, no qual cinco pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas. Um suposto artefato explosivo improvisado foi encontrado no local do incidente, informou o FBI. “Estamos trabalhando para confirmar se este é um artefato viável ou não”, disse a agente especial Alethea Duncan em entrevista coletiva.
O presidente Joe Biden foi informado do ataque “horrível” e ligou para a prefeita de Nova Orleans, LaToya Cantrell, para oferecer-lhe todo o apoio, indicou a Casa Branca. Nas primeiras horas do ano, a área fervilhava de gente comemorando no French Quarter, bairro famoso por seus bares, restaurantes e história do jazz. De acordo com relatos à CBS, um veículo em alta velocidade atingiu a multidão pouco antes de seu motorista pular no chão e começar a disparar uma arma, enquanto a polícia respondia ao fogo. Uma caminhonete branca bateu em uma barricada “em alta velocidade”. “Assim que passou por nós, ouvimos tiros e vimos a polícia correndo naquela direção”, disse Nicole Mowrer à CBS.
“Quando os disparos acabaram, saímos para a rua e encontramos muitas pessoas que haviam sido atingidas. (Queríamos) ver o que poderíamos fazer para ajudar”, acrescentou. Nova Orleans é um dos destinos mais visitados dos Estados Unidos e o incidente ocorreu pouco antes de a cidade sediar um importante jogo de futebol americano, conhecido como Sugar Bowl, no qual participam equipes da Universidade da Geórgia e Notre Dame. Segundo as autoridades municipais, a vigilância foi intensa durante o Ano Novo, enquanto a cidade se preparava para receber multidões. O departamento de polícia local anunciou “100% de pessoal, com 300 policiais adicionais”, inclusive a cavalo e usando unidades sem distintivos.O icônico French Quarter publicou ofertas especiais para o Ano Novo, incluindo festas LGBTQIAPN+ e um cabaré drag perto de onde ocorreu o incidente.
*Com informações da AFP, Associated Press e Estadão Conteúdo
Fonte: Jovem Pan