A família e os advogados do empresário Marcelo Barbosa Leite, morto após ser atingido com fuzil por militares do Pelopes, em Arapiraca, tiveram acesso, nesta semana, ao procedimento instaurado pela corregedoria da Polícia Militar de Alagoas.
Segundo os advogados, até o momento, foi apenas anexada, no procedimento, a parte do inquérito policial justamente até o ponto no qual os agentes públicos, falsamente, atribuem a Marcelo o porte de uma arma com numeração raspada.
No mais, nenhum outro documento foi requerido ou depoimento foi colhido, segundo os advogados da família do empresário. “Também não foi requerido absolutamente nenhuma diligência, exame, câmera de segurança ou fotografias”, diz a assessoria dos advogados.
Ainda de acordo com os advogados, os policiais se encontram nas ruas e com porte de suas respectivas armas de fogo. “Cautelarmente, nada foi providenciado contra eles e o processo instaurado na corregedoria não evoluiu”, diz a assessoria.
O delegado Sidney Tenório informou, na segunda-feira (12/12), que a comissão de delegados que atua à frente das investigações da ação que vitimou com um tiro de Fuzil o empresário arapiraquense Marcelo Barbosa Leite, no último dia 14 de novembro, em Arapiraca, vai encaminhar ao Ministério Público de Alagoas (MPAL) um pedido de prorrogação de inquérito.
De acordo com o delegado, que integra a comissão que investiga o caso, será pedido uma extensão de mais 30 dias para a conclusão do inquérito. “Vamos pedir prorrogação. O prazo do inquérito é de 30 dias e terminaria nesta terça-feira (13/12). Diante disso, devemos pedir a prorrogação por mais 30 dias e esse pedido deve ser encaminhado ao MP ainda hoje. É necessário um prazo maior para podermos acompanhar a reprodução simulada do caso, que será feita pelo Instituto de Criminalística (IC)”, explicou Tenório.
Segundo o delegado, a reconstituição, que será feita na rodovia onde a ação policial aconteceu, é considerada complexa. “Esperamos que a reconstituição aconteça dentro deste período de prorrogação do inquérito. Sabemos que não é uma reprodução fácil de ser feita, pois será realizada em uma rodovia, e algumas cautelas serão tomadas pelo Instituto de Criminalística”, acrescentou Tenório.
O NN1 entrou em contato com o comando do 3º BPM e aguarda um posicionamento.