A Polícia Civil de Alagoas concluiu, nesta terça-feira (20), o inquérito que investigava crimes de estelionato praticados contra diversas vítimas em Arapiraca, no Agreste do estado. A apuração foi conduzida pela Delegacia do 53º Distrito Policial, sob coordenação do delegado Edberg Oliveira.
De acordo com a PC, uma mulher de 32 anos, que atuava como agente de campo de uma instituição de crédito com atuação na região, foi indiciada.
A investigação apontou que a suspeita utilizava documentos pessoais dos clientes aos quais ela tinha acesso, para fraudar contratos de empréstimo – que houvesse autorização das vítimas. Com os dados em mãos, instalava o aplicativo da instituição em seu próprio celular e realizava solicitações de crédito, desviando os valores para sua conta por meio de transferências via PIX.
De acordo com a polícia, cada vítima chegou a acumular prejuízos superiores a R$ 30 mil. Em um único contrato fraudulento, seis pessoas diferentes foram prejudicadas e tiveram seus nomes negativados, além de receberam notificações de protesto emitidas por cartório da cidade. As vítimas não se conheciam entre si, o que contraria o modelo de concessão de crédito da instituição, que costuma agrupar pessoas próximas.
O inquérito contou com o depoimento do coordenador local do projeto, de funcionários da instituição e de auditores enviados pela sede nacional da empresa, que confirmaram a fraude após entrevistas com as vítimas e análise da autenticidade dos contratos.
A fraude teve início em meados de 2023, mas só foi descoberta entre os dias 27 e 28 de fevereiro de 2025, quando as vítimas foram notificadas pelo cartório. A prática criminosa foi interrompida após a demissão da investigada, no início de abril deste ano.
Em depoimento interno à empresa, a mulher teria confessado o crime, alegando dificuldades financeiras. No entanto, permaneceu em silêncio durante o interrogatório oficial na delegacia.