Um professor foi afastado da função, na Escola Municipal de Ensino Fundamental 7 de Setembro, localizada no município da Barra de Santo Antônio, no interior de Alagoas, suspeito de assediar uma aluna menor de idade. O suspeito de assédio é professor de matemática e integra o quadro docente da escola desde o ano de 1998.
A Prefeitura da Barra de Santo Antônio informou que um procedimento administrativo foi aberto para apurar a denúncia de assédio contra a estudante, que tem 14 anos. O afastamento do professor aconteceu na última sexta-feira, 1º de setembro.
A reportagem teve acesso a mensagens enviadas pelo professor a uma aluna, por meio da rede social Instagram. “Delícia”, “Se você fosse maior, casaria com você” e “Eu amo sua cor morena” são algumas das palavras direcionadas pelo educador à estudante.
O professor ainda enviou o contato de WhatsApp e seguiu respondendo publicações da estudante nos stories com mensagens como “Que tentação”. Em outro momento, ele chega a pedir o telefone da estudante, dizendo que há muitos cursos que ela pode fazer de forma gratuita.
O Conselho Tutelar da cidade está acompanhando o caso e disse já ter informado a ocorrência ao Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL). O Conselho disse que fez o acompanhamento para orientar que os pais da estudante registrassem o Boletim de Ocorrência e também disponibilizou assistência psicossocial para a menor.
Uma professora da escola, que não será identificada por motivos de segurança, disse que “muitos outros estudantes já foram assediados pelo professor denunciado, mas que eles têm medo de se expor”. “Ele já é acostumado a fazer isso, vive levando caixas de bombons para os alunos e quando vai entregar fica alisando as mãos deles de forma diferente. Já tirou fotos dos pés das meninas e também ficou assediando meninas e meninos de 12 a 15 anos na rede social”, conta a educadora.
A reportagem entrou em contato com o professor afastado, que negou a prática de assédio “Essa é uma aluna que não gosta de mim porque pego muito no pé dela pelo uso de celular em sala de aula, por isso inventou essa história”, rebateu o homem. Ele também negou que tenha sido afastado, mesmo a informação tendo sido confirmada pela assessoria da Prefeitura. “Eu pedi uma licença de três meses, que começa a partir desta terça-feira”, justificou.
Fonte: TNH1
