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Segunda-feira, 5 Maio, 2025

Quem será o próximo papa? Conclave decide futuro da Igreja Católica a partir de quarta-feira

O futuro da Igreja Católica está nas mãos dos 133 cardeais que escolherão, a partir da quarta-feira (7), o sucessor do papa Francisco em um conclave aberto, incerto e sem favoritos claros. Progressista, conservador, dogmático… O perfil do próximo pontífice está sendo definido, embora analistas e cardeais concordem que não será um revolucionário como o argentino Jorge Bergoglio, que propôs um pontificado de reformas, concentrado nos pobres e nas periferias do mundo.

O primeiro papa latino-americano foi muito popular, mas enfrentou, ao mesmo tempo, resistências dentro da Igreja. Os 133 cardeais com menos de 80 anos que podem votar para definir seu sucessor permanecerão isolados a partir do dia 7 de maio na Capela Sistina, sem contato com o mundo exterior até a escolha do novo papa: sem telefones, internet, televisão ou a presença de jornalistas.

Dezenas de milhares de pessoas na praça de São Pedro e milhões pela televisão permanecerão atentas à pequena chaminé instalada no teto do majestoso templo, à espera de notícias. Fumaça preta significa um conclave sem consenso e que outra votação acontecerá; fumaça branca, “Habemus papam”.

“Espero que seja alguém com o espírito de Francisco para os direitos humanos, minorias, LGBT, meio ambiente”, disse Valeria Sereni, uma italiana de 30 anos na praça São Pedro, à AFP. “Rezo para que o novo papa seja uma fonte de unidade na Igreja e acalme as águas após vários anos de desestabilização e ambiguidade”, afirmou o padre canadense Justin Pulikunnel.

O Vaticano está finalizando os detalhes da eleição, que remonta à Idade Média, na qual os chamados “príncipes da Igreja” organizarão quatro votações diárias: duas pela manhã e duas pela tarde, exceto no primeiro dia, em que apenas uma votação acontece. As cédulas, atas e notas são queimadas em um fogão para anunciar ao mundo o resultado.

Ponto médio

Bento XVI foi eleito em quatro votações em 2005; Francisco, em 2013, em cinco. Os cardeais afirmaram à imprensa que acreditam que a votação se estenderá por dois, no máximo três dias. Alguns, no entanto, acreditam que precisarão de mais tempo para negociar, encontrar um ponto médio que una “bergoglistas” e conservadores, e permita que um nome alcance os dois terços – 89 votos – necessários para eleger o titular do trono de São Pedro.

Dos italianos Pietro Parolin e Pierbattista Pizzaballa ao maltês Mario Grech, do arcebispo de Marselha Jean-Marc Aveline ao filipino Luis Antonio Tagle, vários nomes emergem como candidatos fortes ao papado, embora em Roma circule o famoso ditado de que “quem entra papa no conclave sai cardeal”.

Não há candidatos oficiais, mas milhões de euros já foram registrados nas casas de apostas. O vaticanista italiano Marco Politi acredita que o próximo papa estará entre um “que freia e um que avança lentamente”, por meio do consenso. “Não haverá um Francisco II”, declarou, embora nunca se possa descartar alguma surpresa. O cardeal sueco Anders Arborelius disse que, diante de uma Europa “velha e cansada”, seria “natural” que o novo papa viesse da “África ou da Ásia”.

“Politicagem”

Francisco criou a maioria dos cardeais que votam agora em seu sucessor, muitos procedem da “periferia” do mundo, longe da Europa e historicamente marginalizada pela Igreja em Roma. Este conclave será o mais internacional da história, com representantes de 70 países dos cinco continentes.

Muitos acabaram de se conhecer nas chamadas congregações gerais organizadas desde a morte do pontífice, reuniões a portas fechadas nas quais os cardeais compartilham pontos de vista sobre as prioridades da Igreja e que permitem aos eleitores formarem uma ideia de possíveis nomes.

As congregações gerais já abordaram temas complicados como a pedofilia na Igreja, a crise nas vocações e o papel das mulheres, desafios que serão herdados pelo 267º papa em meio a conflitos mundiais, o avanço de governos populistas e a crise climática.  Mas “ninguém está em campanha”, explicou o cardeal Timothy Dolan, arcebispo de Nova York. “Conversamos, falamos das pessoas que consideramos promissoras, mas é diferente da politicagem”.

*Com informações da AFP

Fonte: Jovem Pan

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