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Quinta-feira, 13 Fevereiro, 2025

Quero mais filmes de terror como ‘Nosferatu’

Desde o momento que comprei o ingresso, fui me preparando para o filme acreditando que encontraria um mega terror de pular da poltrona. No cinema, já acomodado e com a pipoca em mãos, me deparei com algo menos assustador do comum que conhecemos e encontrei algo mais sufocante, denso, escuro e também mental.

O filme basicamente é uma releitura do longa do cinema mudo da década de 20 de mesmo nome, que foi um marco para o terror gótico. A adaptação da história de Drácula, um conto do folclore europeu que todos ouviram falar é extremamente envolvente. Um filme que conecta a criatura com a vitima para além do susto. Há um contrato envolvendo desejo. Esse talvez seja um aspecto diferente e curioso.

Nosferatu 1920s

Nosferatu original, filme alemão de 1922

Na história, o personagem de Nicholas Hoult é um corretor de imóveis na Alemanha dos anos 1830 e que quer crescer na carreira, recebendo a missão de concluir a venda de uma mansão em sua cidade, a fictícia Wisburg, para um conde que mora na Transilvânia e quer se “aposentar”.

Ele é recém casado com a personagem interpretada por Lily-Rose Depp, uma jovem amaldiçoada (no sentido mais claro da palavra). Bom, daí pra frente é só pra trás e não darei mais spoilers.

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Um filme indicado em quatro categorias para o Oscar, todas técnicas: Direção de Arte, Maquiagem e Penteado, Fotografia e Figurino. Sinceramente, acho um pecado não ser cotado como favorito em ao menos uma das categorias indicado. Um Oscar para Nosferatu seria premiar a ousadia aliada da qualidade.

Linda reconstrução desse período, em uma Alemanha ainda não unificada, com a Prússia sendo o reino dominante na época, crescendo e com o processo de industrialização recém desembarcado da vizinha Grã-Bretanha. O cinza toma conta, um filme com cores, mas que pende mais para o preto e branco. E que bom que foi assim, me senti dentro do roteiro, dentro da trama, transportado para a época.

Fotografia Nosferatu

A escuridão de um filme denso / Divulgação

Sobre o diretor, é incrível ver que aos 32 anos, Robert Eggers já tenha entregue quatro longas e consiga tão jovem reunir grandes nomes para um ótimo elenco. Além de Hoult, Willem Dafoe e Aaron Taylor-Johnson se fazem presentes e Bill Skarsgård que parece que tem muito jeito para fazer figuras sombrias em boas atuações.

Um cara detalhista, dedicado a tornar a fantasia o mais real possível. Trabalho e dedicação que merecem o devido destaque. Em suma, um filme que te insere num universo diferente dos modernos Atividade Paranormal que tantos gostam, mas que ainda conta com elementos místico. Totalmente ponderado e bem feito, um filme para ver e quem sabe, rever. 

Fonte: Jovem Pan

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