Em julgamento na manhã desta sexta-feira (5), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) indeferiu o pedido do Guarani para anular a partida contra o Anápolis, disputada no dia 21 de julho, pela 13ª rodada da Série C – com vitória dos goianos por 2 a 0.
O caso poderia mudar a tabela no G-8 e também no Z-4 e paralisar a sequência da competição.
Com a decisão do Pleno, está mantida a classificação final da primeira fase, com o Anápolis fora da degola, e o CSA rebaixado para a Série D, enquanto o Bugre classificado na sétima colocação.
Assim, o quadrangular final da competição está mantido para começar neste sábado (6), com destaque para o dérbi campineiro entre Guarani e Ponte Preta, às 17h, no Brinco de Ouro.
O Bugre ingressou no Tribunal alegando erro de direito na arbitragem de Marcello Ruda Neves (DF) pelo fato de o Anápolis ter ficado com 12 jogadores em campo por um período – o que não é permitido.
A denúncia do Guarani se baseava no artigo 259, parágrafo 1º, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que fala em “anulação de uma partida quando comprovado erro de direito capaz de interferir no resultado”.
A partir dos votos do procurador Eduardo Ximenes e da auditora relatora Dra. Mariana Barreiras, após as manifestações das defesas de Anápolis, Guarani e CSA, que entrou como terceiro interessado, o pedido do Guarani foi rejeitado por unanimidade.
Ximenes entendeu que houve erro de direito, mas avaliou que o episódio não teve impacto suficiente para mudar o resultado da partida. Já Mariana pontuou que, para ela, o erro foi de fato e/ou procedimento, uma vez que não houve equívoco sobre a interpretação da regra, mas, sim, uma falha de comunicação na hora da substituição, o que causou a vantagem numérica.
As duas partes concordaram que trata-se de um erro grave, e a procuradoria se comprometeu a elaborar uma denúncia contra a arbitragem. Os demais também acompanharam os votos no sentido de que o erro não foi suficiente para impactar no resultado final.
