O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou nesta segunda-feira (7) os recentes bombardeios russos contra a Ucrânia, dizendo que Moscou o faz “loucamente”. A declaração foi feita na Casa Branca, em meio a um cenário de intensas negociações diplomáticas para tentar encerrar a guerra que já dura mais de três anos. Ao mesmo tempo, o governo ucraniano anunciou o envio de uma delegação a Washington ainda esta semana para discutir um acordo estratégico sobre minerais críticos. Os EUA buscam acesso preferencial a esses recursos em troca da continuidade da ajuda militar e econômica ao país.
A vice-primeira-ministra da Ucrânia, Yulia Svyrydenko, afirmou que a missão tem como objetivo “avançar nas negociações” e contará com representantes de quatro ministérios. Apesar disso, parlamentares e veículos ucranianos consideram que a nova versão do documento seria prejudicial a Kiev, especialmente por não incluir garantias de segurança contra novos ataques russos.
Na sexta-feira (4), um ataque russo à cidade ucraniana de Kryvyi Rih deixou 20 mortos, entre eles nove crianças. Moscou nega ter atingido alvos civis. Segundo o Kremlin, o bombardeio teve como foco alvos militares, e acusa o governo de Kiev de não controlar grupos extremistas em seu território. Trump tenta mediar uma trégua de 30 dias entre os dois países, já aceita por Kiev, mas rejeitada por Moscou. O presidente russo, Vladimir Putin, teria aceitado apenas um cessar-fogo parcial no Mar Negro e uma moratória limitada sobre ataques à infraestrutura energética da Ucrânia.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem cobrado uma resposta firme dos Estados Unidos diante da negativa russa. Em mensagem neste domingo (6), ele afirmou que “a pressão sobre a Rússia continua insuficiente” e defendeu o aumento das sanções contra Moscou. França e Reino Unido também vêm intensificando esforços diplomáticos. Após visitas de seus chefes militares a Kiev, os dois países sugeriram o envio de uma força internacional de garantia à Ucrânia em caso de cessar-fogo, como forma de dissuadir futuras agressões.
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Apesar das dificuldades nas negociações, Zelensky disse ver “avanços tangíveis” em relação ao apoio europeu. Já Moscou insiste que qualquer cessar-fogo definitivo dependerá da “desmilitarização da Ucrânia” e do controle de grupos considerados extremistas pelo Kremlin.
*Com informações da AFP
Publicado por Felipe Cerqueira
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Fonte: Jovem Pan