O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmaram nesta segunda-feira (7) que estão em andamento novas negociações para libertar mais reféns do Hamas em Gaza. Os líderes se reuniram na Casa Branca para discutir a guerra tarifária desencadeada pelo republicano e a situação em Gaza, onde Israel retomou sua ofensiva em 18 de março, após uma trégua de dois meses com o Hamas.
“Estamos trabalhando agora em outro acordo que esperamos que seja bem-sucedido, e estamos comprometidos em libertar todos os reféns”, disse Netanyahu a jornalistas no Salão Oval. Trump acrescentou: “Estamos tentando de todas as formas libertar os reféns. Estamos considerando outra trégua, vamos ver o que acontece”.
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O líder israelense destacou um acordo anterior negociado em parte pelo enviado regional de Trump, Steve Witkoff, que “libertou 25” dos cativos. Essa visita de Netanyahu ocorre após o colapso da trégua entre Israel e o grupo terrorista islamista Hamas, que lançou um ataque em 7 de outubro de 2023 e desencadeou o conflito.
Trump havia deixado a comunidade internacional atônita durante uma primeira reunião presencial com Netanyahu, no início de fevereiro, ao propor que os Estados Unidos assumissem o controle da Faixa de Gaza para desenvolver ali uma “Riviera do Oriente Médio”. Nesta segunda-feira, voltou a falar sobre o tema e reiterou que acredita que a Faixa “é uma propriedade imobiliária incrivelmente importante”.
Países de todo o mundo, em especial as nações árabes — incluindo Egito e Jordânia, onde Trump sugeriu que os gazenses poderiam ser enviados —, rejeitaram a proposta. “Ter uma força de paz como os Estados Unidos lá, controlando e sendo dona da Faixa de Gaza, seria algo bom, porque neste momento… tudo o que ouço são relatos de mortes, Hamas e problemas”, afirmou Trump.
“Se você pegar as pessoas, os palestinos, e as transferir para diferentes países (…), você realmente teria uma liberdade, uma zona de liberdade”, acrescentou. Desde o início do conflito em Gaza, mais de 1.330 pessoas morreram em operações israelenses, segundo o Ministério da Saúde do Hamas. Cerca de 400 mil pessoas foram deslocadas, de acordo com a ONU.
Netanyahu é também o primeiro líder estrangeiro recebido por Trump desde o anúncio das novas tarifas que causaram uma onda de choque nos mercados financeiros globais. “Eliminaremos o déficit comercial com os Estados Unidos (…). Acreditamos que é o certo a fazer”, comprometeu-se o líder israelense na Casa Branca.
Trump anunciou uma tarifa universal de 10% para todas as importações, além de taxas suplementares para vários de seus parceiros comerciais, que entrarão em vigor no dia 9 de abril. Nesta segunda-feira, ele afirmou que não considera suspender as tarifas para permitir negociações.
*Com informações da AFP
Publicado por Carolina Ferreira
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Fonte: Jovem Pan