Onze anos após o crime bárbaro que vitimou a professora Claudenice de Oliveira Pimentel, e causou lesões graves em Kerolly Thallya Pimentel, filha da vítima, em Arapiraca, o ex-cabo da PM José Cabral do Nascimento foi condenado por jogar líquido inflamável e atear fogo à mulher e filha, a 26 anos de prisão, em júri popular realizado nesta terça-feira (22/11).
Antes do julgamento, a equipe da NN FM conversou com a irmã de Claudenice, Claudeane Pimentel, que emocionada reviveu os momento de terror.
“Ele amarrou a minha irmã, estrangulou, a ateou fogo na casa, ele também amarrou a minha sobrinha, fez ela beber gasolina…Kerolly teve 40% do corpo queimado e não morreu por um milagre”, disse Claudeane.
Kerolly , que tinha 14 anos na época, passou anos fugindo de José Cabral. A família disse ainda que o ex-militar queria controlar a professora, inclusive em termos financeiros.
Veja a entrevista:
O caso
De acordo com os autos, o crime ocorreu porque José Cabral não aceitava o fim do relacionamento com Claudenice de Oliveira Pimentel. Em depoimento, Kerolly, que tinha 14 anos na época, filha de Claudenice e sobrevivente, disse que o réu tinha um relacionamento com sua mãe e se recusava a sair de casa após o término, passando a ameaçá-la. No dia 03 de agosto de 2011, José Cabral teria cometido o delito, incendiando inclusive a residência onde morava com a vítima, no bairro Cacimbas, em Arapiraca.
Ela ainda relatou que, no dia do crime, ouviu a mãe gritar por socorro, pedindo que José Cabral não fizesse aquilo, ficando desacordada após ser estrangulada pelo réu momentos após.