A família da idosa Teônia Caetano de Souza de 72 anos que morreu após ser atropelada por um carro enquanto atravessava a rua na faixa de pedestres, nessa segunda-feira (10/07), na Praça Manoel André, no Centro de Arapiraca, concedeu entrevista à NN FM na manhã desta terça-feira (11/07). De acordo com a família, populares relataram que a mulher que atropelou a idosa estava ao celular, em alta velocidade, não respeitou a faixa, e ainda tentou fugir, mas foi impedida por populares.
A reportagem da NN FM apurou que a motorista é da cidade de Feira Grande, e em depoimento à polícia, a mulher disse que havia um caminhão à direita que parou e tirou a sua visão, ela então teria desviado pela esquerda, não viu a faixa e atropelou a senhora. A motorista disse ainda que freou, voltou, prestou socorro e ligou para o Samu. Após depoimento a condutora pagou fiança e foi liberada.
Porém a versão da família e de testemunhas que estavam no local é diferente. A filha de Teônia, Claudia, disse que “a realidade não é essa, quando chegamos lá a minha mãe estava sendo atendida pelo Samu e todos os funcionários das lojas, que viram o atropelamento, estavam revoltados, e foram bem claros, dois carros pararam na faixa, deram alerta, e a motorista veio em alta velocidade, um mototáxi disse que ela vinha discutindo claramente no celular, e bateu na minha mãe. A minha mãe bateu no para-brisa e caiu no chão, ela acelerou tentando fugir, foi quando um motorista seguiu ela, e atravessou o carro na frente dela”.
“Tudo que a gente quer é justiça, para que ela não mate outras mães, a minha mãe era muito ativa, conseguia fazer as coisas sozinha, ela saiu para comprar as fitas dela da diabetes, toda feliz, e não voltou pra casa. Todos estão revoltados e eu não acredito que todos estão mentindo, e a motorista falando a verdade. Que ela tenha sentimentos, que ela sinta a dor que a gente está sentindo”, completou Claudia.
A outra filha de Teônia, Clécia, disse que “a família vai buscar os meios legais, a gente pede que a minha mãe não seja mais uma. Não desejo a ninguém passar por isso, que a motorista não minta que prestou socorro, que ela não prestou. A minha mãe tava na faixa, ficam criticando a gente porque ela estava sozinha, mas a minha mãe era ativa, e tava na faixa. A gente vai lutar por justiça, a gente não quer que essa dor vá para outros filhos e a justiça vai ser feita”.
O sepultamento de idosa acontece às 16h no Cemitério do Povoado Canaã.