Um erro médico fez duas mães, Débora e Maria Aparecida, levarem para casa filhos trocados na maternidade. Um inquérito policial foi aberto para apurar o caso que ocorreu em fevereiro de 2022 no Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho, no Estado de Alagoas.
Segundo o Fantástico, da TV Globo, as mães só descobriram que os filhos foram trocados por causa de um vídeo de uma das crianças na escola. O menino era idêntico a outro da mesma região. Ao investigar, as mães descobriram que uma troca na maternidade tinha separado os gêmeos.
Os gêmeos Guilherme e Gabriel, filhos de Débora, nasceram prematuros, no dia 21 de fevereiro de 2022. Para ganhar peso, eles precisaram ficar alguns dias na UTI. Por causa dos casos de covid, o hospital informou que os bebês não poderiam receber visitas.
Os bebês foram liberados três semanas depois de nascerem, no dia 12 de março de 2022. Ao sair do hospital, Débora acreditava que tinha gestado gêmeos bivitelinos, pois o médico não havia dado certeza de que eles eram idênticos.
Quando as crianças tinham 2 anos, uma amiga de Débora compartilhou com ela um vídeo que tinha visto na internet. Era Bernardo, filho de Maria Aparecida, que mora em Craíbas, cidade próxima de São Sebastião, onde Débora mora.
Bernardo nasceu no mesmo hospital dos gêmeos, três dias depois. Ele também precisou ficar internado para ganhar peso. Depois de pouco mais de um mês, Bernardo foi liberado no dia 28 de março de 2022.
Diante da conclusão de que os três meninos tinham passado pela UTI no mesmo período, as duas mães concordaram em se encontrar e realizar exames de DNA. O resultado deu positivo: o DNA de Bernardo é compatível com o da Débora e do marido. Já o de Guilherme corresponde ao de Maria Aparecida.
A família de Débora busca, na justiça, ter o gêmeo Bernardo de volta. A família também quer manter a guarda de Guilherme, que tem problemas graves de saúde. Já Maria Aparecida, representada pela Defensoria Pública, quer permanecer com Bernardo e manter uma relação de proximidade com Guilherme.
A posição da Defensoria Pública, que representa Maria Aparecida, é de que as mães devem permanecer com as crianças que saíram com elas da maternidade, mas manter uma relação próxima com os filhos biológicos.
Veja a o vídeo: