O pai de Maria Katharina, encontrada morta em um estábulo em Palmeira dos Índios, no interior de Alagoas, foi preso preventivamente nesta quinta-feira (26). Segundo o Ministério Público, ele teria induzido a filha ao suicídio ao agredi-la constantemente.
O pai da criança é acusado pelos crimes de tortura, maus tratos, abandono de incapaz, induzimento, auxílio e instigação ao suicídio. Ele tinha mandado de prisão preventiva em aberto, requerido pelo Ministério Público e acatado pela Justiça. Florival Lopes da Costa se apresentou à delegacia com um advogado e a Polícia Civil deu cumprimento ao mandado de prisão que existia contra ele. A prisão atende a um pedido feito pelo Ministério Público de Alagoas (MP-AL), que ofereceu denúncia contra ele.
O Ministério Público considerou em sua denúncia que Maria Katharina teria cometido suicídio por não suportar os maus-tratos físicos e verbais cometidos pelo pai.
“Apuramos que, em decorrência do sofrimento e dos maus-tratos, a criança não suportou e foi induzida ao suicídio. Um fato aterrorizante, pois a vítima tinha apenas 10 anos. Comprovadamente, o pai era violento, como é sabido, ao ponto de deixá-la pernoitar no estábulo, ao relento, sem a menor proteção. O Ministério Público entende que ele não pode ficar impune e quer, apenas, que ele seja responsabilizado pelos crimes cometidos”, disse o promotor de Justiça Luiz Alberto.
Maria Katharina tinha 10 anos e morreu no dia 8 de julho. Segundo testemunhas, ela estava brincando com o irmão quando ele se machucou e precisou ser socorrido pelos pais para uma UPA da cidade. Ela teria aproveitado o momento que os pais estavam ausente para se enforcar. Maria também foi socorrida, mas chegou sem vida à unidade de saúde.
Diogo Martins, Chefe de Operações da Delegacia Regional de Palmeira dos Índios, falou sobre o caso.