Reviravolta total no caso da bebê encontrada morta em Novo Lino. Eduarda Silva de Oliveira, mãe da bebê Ana Beatriz, de apenas 15 dias, confessou à polícia ter matado a filha asfixiada com um travesseiro, porque a menina não parava de chorar e por não dormir a dois dias.
O corpo da bebê Ana Beatriz Silva de Oliveira foi retirado da casa da família, em Novo Lino, no final da tarde desta terça-feira (15), para ser encaminhado ao Instituto Médico Legal, em Maceió. O corpo da menina, de apenas 15 dias, foi achado em um compartimento no quintal da casa.
O corpo de Ana Beatriz estava dentro de um armário, no chão, ao lado de produtos de limpeza. O corpo estava enrolado em um pano e dentro de um saco plástico.
Segundo a polícia, Eduarda Silva de Oliveira estava ao lado do esposo – e pai de Ana Beatriz – quando revelou a localização do cadáver. Logo depois, ela passou mal e foi socorrida, sendo levada para um posto de saúde.
Jaelson da Silva Souza, pai da bebê Ana Beatriz, foi filmado visivelmente abalado após a perda da filha que viveu por 15 dias no município de Novo Lino, porém, ele não chegou a conhecer porque estava em São Paulo trabalhando.
Delegados
A elucidação do crime contou com a coordenação decisiva do secretário de Segurança Pública Flávio Saraiva e dos delegados Igor Diego e João Marcelo.
Segundo informações repassadas pelo delegado Igor Diego, diretor da Dracco (Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), a mãe apresentou diversas versões ao longo da investigação. Em um primeiro momento, afirmou ter dado a criança a terceiros. Na sequência, contou que a bebê havia se engasgado durante a amamentação e, mesmo tentando reanimá-la, não conseguiu salvá-la.
“Depois, ela mudou a versão e confessou para o delegado de Novo Lino, afirmando que a criança já fazia duas noites que não dormia, estava chorando bastante porque estava com a barriga inchada. Ela também reclamou de um som no bar. Com o barulho do bar e a criança que não parava de chorar, ela teria pegado o travesseiro e matado a criança asfixiada”, revelou Igor Diego.
Eduarda Silva de Oliveira deverá responder pelos crimes de infanticídio (que é o assassinato do próprio filha) ou homicídio e, também, pela ocultação de cadáver. A bebê foi morta no dia 11, quando houve a denuncia do suposto sequestro da filha.
“Até o momento as possibilidades são essas: ocultação de cadáver, feminício ou homicídio. Por enquanto ela vai ficar presa”, afirmou o delegado João Marcelo.
Verificação
Mesmo diante da confissão de Eduarda, o delegado Igor Diego informou que a polícia irá apurar a última versão apresentada pela mãe, já que ela mudou a narrativa várias vezes. “Qual é a verdade sobre os fatos? O trabalho da perícia é que vai dar a resposta definitiva, mas nós temos a versão dela, tanto apresentada ao advogado como ao delegado regional. Muito triste, mas nós somos técnicos. O caso foi totalmente finalizado pelo Estado”, destacou.
Ajuda
A Polícia Civil também segue investigando se a mãe teve ajuda de outra pessoa no crime ou na ocultação do corpo da criança. Mesmo após várias visitas de equipes da segurança pública à residência, inclusive com o auxílio de uma cadela farejadora do Corpo de Bombeiros, nada foi encontrado inicialmente. Apenas nesta terça-feira o corpo da bebê foi localizado.