Laudo aponta indícios de agressões e intoxicação medicamentosa em corpo de esteticista

O laudo do Instituto Médico Legal apontou indícios de agressões e intoxicação medicamentosa no corpo de Cláudia Pollyanne, cuja circunstância da morte está sendo investigada pela Polícia Civil. Ela morreu dentro de uma clínica de reabilitação, em Marechal Deodoro, na região metropolitana de Maceió, no dia 09 de agosto. Durante exame cadavérico, o perito médico-legista […]

Por flaviana 25 de Agosto de 2025 às 19:05
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Laudo aponta indícios de agressões e intoxicação medicamentosa em corpo de esteticista

O laudo do Instituto Médico Legal apontou indícios de agressões e intoxicação medicamentosa no corpo de Cláudia Pollyanne, cuja circunstância da morte está sendo investigada pela Polícia Civil. Ela morreu dentro de uma clínica de reabilitação, em Marechal Deodoro, na região metropolitana de Maceió, no dia 09 de agosto.

Durante exame cadavérico, o perito médico-legista Lucas Emanuel identificou múltiplas lesões externas distribuídas por diferentes regiões do corpo e em estágios evolutivos variados.

As marcas mais recentes estavam localizadas na face, com destaque para uma extensa equimose no olho direito (presença de acúmulo de sangue devido à ruptura de vasos sanguíneos), compatível com impacto causado por instrumento contundente.

De acordo com a Polícia Científica, lesões antigas, observadas no abdome e na coxa esquerda, sugerem a ocorrência de agressões físicas reiteradas ao longo do tempo.

Também foram constatados sinais de traumatismo crânio-encefálico que, embora não apresentassem potencial letal imediato, podem ter contribuído significativamente para o desfecho fatal.

“A presença de petéquias [manchas vermelhas ou roxas] disseminadas nas mucosas traqueal, pulmonares e cardíacas, associadas a intensa congestão pulmonar, indicam forte compatibilidade com quadro asfíxico e hipóxico, culminando em insuficiência respiratória como mecanismo terminal da morte”, explicou o perito médico legista.

Durante a necropsia, foram coletadas amostras de sangue, humor vítreo (é um gel transparente que preenche a cavidade posterior do olho) e conteúdo estomacal para análise toxicológica.

O laudo do Instituto de Criminalística apontou a presença de múltiplos medicamentos pertencentes a diferentes classes — incluindo antidepressivos, antiepilépticos, antipsicóticos, benzodiazepínicos e anti-histamínicos — muitos dos quais com efeito sedativo significativo.

“Diante dos achados, o laudo pericial conclui que a causa terminal do óbito foi insuficiência respiratória aguda, com participação contributiva de traumatismos cranianos e intoxicação medicamentosa, no contexto de episódios reiterados de violência”, afirmou Lucas Emanuel.

Mas, o perito médico legista ressalta, contudo, que a determinação precisa da dinâmica dos fatos e da sequência cronológica dos eventos dependerá do prosseguimento das investigações conduzidas pelas autoridades competentes.