Vendas no comércio voltam a ganhar fôlego e crescem 0,5% em outubro
É a maior alta no setor desde março deste ano
Por Agência Brasil
11 de Dezembro de 2025 às 11:04
Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
As vendas no comércio cresceram 0,5% em outubro, na comparação com setembro. O resultado é a maior alta entre meses seguidos desde março de 2025, quando tinha crescido 0,7%.
Na comparação com outubro de 2024, o comércio brasileiro avançou 1,1%. No acumulado de 12 meses, o setor cresceu 1,7%, menor patamar desde dezembro de 2024, quando chegou a 4,1% de expansão.
Os dados fazem parte Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Veja o comportamento das vendas no comércio nos últimos meses:
- Março: 0,7%
- Abril: -0,3%
- Maio: -0,4%
- Junho: -0,1%
- Julho: -0,2%
- Agosto: 0,1%
- Setembro: -0,2%
- Outubro: 0,5%
Com os dados de outubro, o comércio está 0,5% abaixo do maior nível já registrado, em março de 2025. A série histórica do IBGE começa em 2000. O setor figura 9,6% acima do patamar pré-pandemia de covid-19 (fevereiro de 2020).
Sete das oito atividades com alta
Na passagem de setembro para outubro, sete das oito atividades pesquisadas apresentaram avanço:
- equipamentos e material para escritório, informática e comunicação: 3,2%
- combustíveis e lubrificantes: 1,4%
- móveis e eletrodomésticos: 1,0%
- livros, jornais, revistas e papelaria: 0,6%
- outros artigos de uso pessoal e doméstico: 0,4%
- artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria: 0,3%
- hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: 0,1%
- tecidos, vestuário e calçados: -0,3%
De acordo com o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, a venda de computadores, celulares e eletrodomésticos foram importante motor das vendas no mês.
"As empresas aproveitaram a depreciação [desvalorização] do dólar e performaram melhor, também por conta de promoções", cita. A queda do dólar ante o real faz com que produtos importados fiquem mais em conta no país.
Junção de fatores
O analista acrescenta que houve "coincidências de fatores" para estimular o consumo. "Dentre eles, a inflação cedeu", cita Santos, ao lembrar que houve deflação, com queda de preço na alimentação no domicílio, móveis e eletrodomésticos.
Outros fatores foram o mercado de trabalho aquecido e o crédito à pessoa física, que cresceu 2,1% em outubro.
Santos destaca que o crédito à pessoa física não tem sentido tanto o impacto da taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano, que tende a refletir no encarecimento em toda a cadeia de crédito.
A Selic está mantida neste nível como uma estratégia do Banco Central para conter a inflação, que chegou a ficar 13 meses acima da meta do governo.
No comércio varejista ampliado, que inclui atividades de atacado ─ veículos, motos, partes e peças; material de construção; e produtos alimentícios, bebidas e fumo ─ o indicador avançou 1,1% de setembro para outubro e apresenta estabilidade (0%) no acumulado de 12 meses.
De acordo com o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, o desempenho do varejo ampliado em outubro “foi bastante influenciado por veículos, motos, partes e peças, e pela atividade de atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo”.
Últimas notícias
Acusado de homicídio morre em confronto com a polícia em Maragogi
Setor de serviços cresce 0,3% em outubro, nono mês seguido de alta
Ex-assessora de Arthur Lira é alvo de operação da PF contra desvio de emendas
Mais de 50 aparelhos celulares sem nota são apreendidos em São Sebastião
Após cancelamentos, Aeroporto de Congonhas opera normalmente hoje
STF vota hoje sobre perda do mandato de Carla Zambelli
PF deflagra operação contra fraudes no INSS em Alagoas e no Rio de Janeiro
Proprietários de imóveis podem fazer cadastro online para aluguel social do Governo de Alagoas