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Sexta-feira, 3 Maio, 2024

Braskem: Pesquisa do IMA e da Ufal não confirma alteração na lagoa após rompimento da mina 18

O Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA/AL) e a Universidade Federal de Alagoas (UFAL) apresentaram, nessa segunda-feira (18/12), um relatório que dispõe dos resultados parciais da qualidade da água da laguna Mundaú, após o rompimento da mina 18. A coletiva aconteceu na reitoria da Universidade e contou com a participação de pesquisadores e representantes do laboratório do órgão ambiental.

A análise advinda do monitoramento da qualidade da água superficial da laguna Mundaú, com ênfase aos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, apontou que não se pode concluir que os dados encontrados estão diretamente ligados ao colapso da mina 18, que aconteceu no dia (10/12) deste mês.

Isso porque as informações levantadas foram comparadas com outras análises de períodos anteriores, as quais também indicaram altos níveis de condutividade elétrica, cloretos e salinidade. Cabe dizer que os dados apontam  a presença de coliformes termotolerantes em grande quantidade, sendo este uma indicação da contaminação por esgotos domésticos e dejetos animais.

Segundo Karine Pimentel, gerente do Laboratório do IMA, a Laguna Mundaú faz parte do Complexo Estuarino Lagunar Mundaú – Manguaba (CELMM) e está conectada ao mar.  Essa conexão causa variações na qualidade e no volume da água em razão das mudanças das marés, que impactam os recursos presentes nesse ecossistema aquático diverso, influenciado pelas atividades sociais, econômicas e produtivas das cidades no entorno.

“Existem diversas fontes poluidoras por lá, com destaque para os esgotos, e diante disso continuaremos monitorando a qualidade da água da laguna nos parâmetros microbiológicos e físico químicos, bem como ainda seguimos trabalhando nas análises das amostras coletadas”, afirma a gerente, que também ressalta a parcialidade nos resultados apresentados.

Além da representação do Instituto, estiveram presentes e participaram dos debates levantados os pesquisadores Emerson Soares, do Laboratório de Aquicultura e Ecologia Aquática (Laqua); Josué Carinhanha, do Laboratório de Instrumentação e Desenvolvimento em Química Analítica (Linqa); e João Soletti, do Laboratório de Sistema de Separação e Otimização de Processos (Lassop). https://ufal.br/ufal/noticias/2023/12/pesquisadores-reafirmam-autonomia-universitaria-e-transparencia-de-dados.

Durante a coletiva, também foi exposto que o IMA já realizou uma avaliação da qualidade da água na superfície da laguna Mundaú em anos anteriores. As análises feitas em 2011, 2013 e 2016 mostram que houve variações nos níveis permitidos pela legislação, mas também revelam uma notável capacidade de recuperação desse importante recurso natural.

Além disso, o Instituto vem participando de diversas frentes de trabalho junto ao Ministério Público Federal (MPF) e outros entes a fim de identificar os principais problemas existentes na laguna. Parte desse trabalho retomou o monitoramento da qualidade da água da laguna Mundaú em outubro deste ano, iniciando no perímetro que vai da Levada/Brejal até o Pontal da Barra, ambos bairros da capital alagoana.

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